O clima da Terra é mais sensível às mudanças causadas pelo homem do que os cientistas imaginavam até agora, o que significa que será desencadeada uma explosão “perigosa” de aquecimento que levará o mundo a ficar 1,5ºC mais quente do que era, em média, no período pré-industrial ainda na década de 2020 e 2°C mais quente em 2050, prevê o artigo publicado na quinta-feira (2).
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Esta aceleração alarmante do aquecimento global, que significaria que o mundo ultrapassaria o limite internacionalmente acordado de 1,5ºC estabelecido no Acordo de Paris muito mais cedo do que o esperado, arrisca um mundo “menos tolerável para a humanidade, com maiores extremos climáticos”, de acordo com o estudo liderado por Hansen, o antigo cientista da NASA que emitiu um alerta fundamental sobre as alterações climáticas ao Congresso dos EUA na década de 1980.
Hansen disse que há uma enorme quantidade de aquecimento global “em preparação” devido à queima contínua de combustíveis fósseis e que a Terra é “muito sensível” aos impactos disso – muito mais sensível do que as melhores estimativas apresentadas pelo Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
“Seríamos tolos e maus cientistas se não esperássemos uma aceleração do aquecimento global”, disse Hansen. “Estamos começando a sofrer o efeito do nosso acordo faustiano. É por isso que a taxa de aquecimento global está acelerando.”
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Global heating is accelerating, warns scientist who sounded climate alarm in the 80s https://t.co/wNpVePKlAJ
— Guardian Australia (@GuardianAus) November 2, 2023
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