O relatório do UNICEF O Ano Mais Frio do Resto de Suas Vidas (🇬🇧), é um chamado à ação para os líderes políticos que continuam a hesitar e ceder aos interesses das grandes empresas, embora os últimos sete anos tenham sido os mais quentes já registrados. (The Guardian*)
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O documento ressalta que ainda não há muitos estudos sobre o impacto das ondas de calor em crianças, mas já se sabe que elas estão entre os principais grupos afetados, junto com idosos. Elas são menos capazes de regular a temperatura do corpo em comparação com os adultos.
Além dos efeitos diretos na saúde das crianças e dos adolescentes, as ondas de calor podem impactar os ambientes em que eles vivem, a segurança alimentar, a mobilidade, o acesso à água, a educação e os meios de subsistência futuros.
Os pesquisadores do UNICEF examinaram a exposição potencial a três medidas de calor – duração, gravidade e frequência – com base em dois cenários de gases de efeito estufa usados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas para modelos climáticos. Eles constataram:
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- Em 2020, havia cerca de 740 milhões de crianças em 23 países onde as temperaturas chegaram a 35°C em pelo menos 84 dias. No pior cenário, isso aumentará para 816 milhões de crianças vivendo em 36 países, principalmente na Ásia e na África. Nessa temperatura, as atividades do dia-a-dia, como brincar e até frequentar a escola, ficam comprometidas – e mais crianças adoecem ou morrem.
- As crianças na Europa terão a maior exposição a ondas de calor severas até 2050 – uma em cada três no melhor cenário, duas em cada três no pior cenário. Nas Américas, a exposição a ondas de calor severas aumentará cinco vezes, de 13 milhões para 62 milhões de crianças em 2050.
- Em 2050, 5 milhões a 8 milhões de crianças serão expostas a todas as três medidas de alto calor, em comparação com nenhuma em 2020.
Tendo em vista que – mesmo sob as melhores promessas de redução do uso de combustíveis – dentro de três décadas praticamente todas as crianças estarão expostas ao calor extremo, o UNICEF está pedindo aos governos que reduzam as emissões mais rápido e ajudem as comunidades a se prepararem para o que está por vir.
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