Veja os destaques do Curto Verde desta quinta-feira (20): EUA decidiram apoiar as negociações da ONU sobre possíveis compensações e assistência a países que sofrem com os efeitos das mudanças climáticas; estudo afirma que o impacto climático da mineração de Bitcoin é comparável ao da criação de gado ou da queima de gasolina; iniciativa da Braskem promete transformar o ciclo de produção e reciclagem de resíduos plásticos; e o pampa perdeu o equivalente a 70 vezes a área do município de Porto Alegre, entre 1985 e 2021, segundo MapBiomas.
Os Estados Unidos decidiram apoiar as negociações formais da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre possíveis compensações e assistência a países que sofrem devastação por tempestades, inundações e secas agravadas pelas mudanças climáticas, disseram funcionários do governo nesta quarta-feira (19). (Bloomberg*)
A decisão acrescenta um foco crescente no que os diplomatas chamam de “perdas e danos”, um mecanismo pelo qual as nações ricas responsáveis pela maior parte das emissões de aquecimento do planeta podem lidar com os danos climáticos sofridos pelos países em desenvolvimento.
Contudo, as autoridades disseram que os negociadores americanos na cúpula climática da ONU no próximo mês no Egito estão desencorajando qualquer impulso explícito por nova ajuda ou financiamento em um item da agenda que enquadra as negociações. Isso colocaria os EUA em desacordo com um grande grupo de nações vulneráveis que serão lideradas nas negociações pelo Paquistão, onde as inundações deixaram mais de 1.700 mortos e causaram cerca de US$ 40 bilhões em perdas.
O impacto climático da mineração de Bitcoin é comparável ao da criação de gado ou da queima de gasolina quando tomado como proporção do valor de mercado, de acordo com pesquisadores da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.
A mineração de criptomoedas consome muita energia, pois requer computadores altamente especializados – e a maior parte da eletricidade utilizada é gerada pela queima de combustíveis fósseis que aquecem o planeta.
O dano econômico relacionado ao clima causado pela mineração de Bitcoin, excedeu seu valor de mercado em 6,4% dos dias negociados entre 2016 e 2021, segundo o artigo publicado na revista científica Scientific Reports. (🇬🇧)
O estudo calculou o custo climático da mineração de Bitcoin em relação ao seu preço médio de mercado e o comparou com outras commodities como petróleo bruto, ouro ou carne bovina. Isso significa que os resultados não refletem as emissões totais dessas indústrias, que seriam muito maiores, mas seu impacto relativo.
O impacto climático da mineração de ouro é de apenas 4% de seu preço médio de mercado em um ano médio, em comparação com 35% para a criptomoeda Bitcoin. E o impacto ambiental cresceu à medida que o mercado de criptomoedas amadureceu, questionando a sustentabilidade geral do setor.
A Braskem anunciou recentemente o lançamento de Wenew, seu ecossistema de economia circular, que engloba quatro pilares: produtos, educação, tecnologia e design circular.
Com ele, os produtos circulares da Braskem, suas iniciativas de educação sobre consumo consciente e descarte adequado, bem como as tecnologias que apoiam a companhia em sua jornada em prol da economia circular serão identificadas por essa marca.
Além dessas soluções, Wenew contemplará, por meio de Wemove, as iniciativas que trazem abordagem sobre educação ambiental, consumo consciente e descarte adequado junto ao público final.
“Trata-se de uma iniciativa que terá grande impacto na estratégia de crescimento da Braskem e no alcance das metas de redução de resíduos plásticos, ou seja, é um grande passo e uma evolução da empresa rumo à economia circular”, explica Edison Terra, vice-presidente de Olefinas e Poliolefinas da Braskem na América do Sul.
Entre as iniciativas apresentadas, está a tecnologia – em desenvolvimento – que viabilizará a produção de plásticos e químicos a partir de um processo circular com redução de dióxido de carbono (CO2) em comparação ao modelo tradicional da reciclagem avançada.
Nos últimos 37 anos, o bioma perdeu o equivalente a 70 vezes a área do município de Porto Alegre/RS. Atualmente, o Pampa tem mais áreas antropizadas, ou seja, modificadas pela ação humana, do que de vegetação nativa.
Em 1985 as áreas de vegetação nativa ocupavam 61,3% do Pampa, em 2021 essa participação foi de 43,2% – quase o mesmo das áreas de agricultura, que já ocupam 41,6% do bioma. Houve uma perda de 29,5% de vegetação nativa apenas entre 1985 e 2021, sendo acentuada nas últimas duas décadas. Os dados são do mais recente levantamento do MapBiomas sobre uso e ocupação de solo no bioma, cobrindo o período de 37 anos.
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