Em 2021, o governo Bolsonaro prometeu reduzir as emissões em 50% até 2030, acima do compromisso anterior de 43%. Porém, tal percentual foi estabelecido em comparação com as emissões de 2005, quando o país emitia bem menos gases. Assim, foi considerada por organizações como o Observatório do Clima uma “pedalada climática”.
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O Observatório calculou que a meta de Bolsonaro permitiria a emissão adicional de 400 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, em comparação com a meta anterior.
Para resolver essas questões, o governo Lula pretende, segundo as fontes “com conhecimento direto do assunto” ouvidas pela Reuters (*), manter a redução de 50%, mas corrigir o problema com a base de comparação.
O objetivo seria emitir a meta revisada, conhecida como “contribuição nacionalmente determinada” (NDC, na sigla em inglês), ainda este ano. Para isso, o governo estaria explorando maneiras de simplificar a meta, incluindo especificar o número exato de gigatoneladas de gases de efeito estufa cujas emissões o país buscará reduzir, teria dito uma das fontes.
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Vale lembrar que a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), envolve compromissos voluntários criados por cada país signatário do Acordo de Paris para colaborar com a meta global de redução de emissões de gases do efeito estufa.
O Ministério do Meio Ambiente não comentou o assunto.
Lula retornou à presidência da República com a promessa de restaurar a posição do Brasil como líder global do debate sobre mudanças climáticas. Inclusive buscando o desmatamento zero na Amazônia brasileira.
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