Veja os destaques do Curto Verde desta sexta-feira (14): relatório aponta que quatro em cada cinco cidades em todo o mundo estão enfrentando riscos climáticos significativos, como ondas de calor, inundações e secas; consórcio de empresas liderado pela FGV vai desenvolver calculadora de emissão de carbono para a pecuária; estudo demonstra que a seca poderá afetar 80% dos brasileiros em 30 anos; usina solar transforma água do mar em água potável no Quênia; e a Organização Marítima Internacional (OMI) anunciou que o despejo de lodo de esgoto no mar será proibido, em breve, em todo o mundo.
Quatro em cada cinco cidades em todo o mundo estão enfrentando riscos climáticos significativos, como ondas de calor, inundações e secas, mostram dados da organização sem fins lucrativos CDP divulgados nesta quinta-feira (13).
O relatório “Protecting People and the Planet” (🇬🇧) analisou 998 cidades de todo o mundo e mostrou que, além de 80% delas terem enfrentado eventos climáticos extremos, quase um terço dos riscos relacionados ao clima ameaçam pelo menos 70% de suas populações.
Ainda, segundo o documento, os idosos, aqueles em famílias de baixa renda, crianças e comunidades minoritárias marginalizadas foram os mais expostos, e os políticos precisavam refletir sobre as necessidades dos cidadãos ao planejar sua resposta à crise climática.
Empresas como Imaflora, Agrotools, Waycarbon, WRI e DSM fazem parte de um consórcio liderado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) selecionado para ser responsável pelos estudos da iniciativa “Pecuária de Baixo Carbono”. A seleção foi feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A iniciativa tem como objetivo a elaboração de estratégias e modelos de negócios que adotem tecnologias de baixo carbono na produção de carne e leite no Brasil, promovendo a sustentabilidade por meio da avaliação e certificação das emissões de gases de efeito estufa na pecuária.
De acordo com o comunicado do BNDES, o primeiro passo será o desenvolvimento de uma calculadora de análise de ciclo de vida dos produtos, que irá medir as emissões de carbono desde os insumos na produção agrícola até o processamento industrial. Em seguida, também serão indicados mecanismos de incentivo que estimulem investimentos na redução de emissões em toda a cadeia.
Um novo estudo, publicado na revista científica Climate Change (🇬🇧) mostra que – nas próximas três décadas – de 80% a 100% da população de Brasil, China, Etiópia e Gana, e metade da população da Índia, serão afetadas por secas severas e duradouras causadas pelo aquecimento do planeta.
O principal autor da pesquisa, Jeff Price, afirmou que o risco existe mesmo com um aquecimento global de 1,5ºC, meta estabelecida pelo Acordo de Paris.
De acordo com Price – quanto mais alta a temperatura – mais graves serão as consequências, incluindo aquelas sobre rendimentos agrícolas que sofrem fortemente com o estresse hídrico, como acontece no Brasil.
Mais de 2 bilhões de pessoas no mundo não tem acesso à agua potável fornecida de forma segura.
A solução para este problema pode estar na dessalinização de água, processo que demanda energia elétrica e produtos químicos. A boa notícia é que uma nova tecnologia foi desenvolvida e já está fornecendo água limpa para a comunidade de Kitengela, uma vila rural no Quênia, desde 2018.
Diferente dos processos tradicionais de dessalinização de água, que precisam de grandes quantidades de energia elétrica e uma rede de distribuição bem estruturada, o sistema criado pela organização não-governamental GivePower usa a energia do sol.
Apelidado de “fazenda solar de água” o local possui painéis solares que produzem 50 quilowatts de energia, que é armazenada em duas baterias Tesla de alto desempenho, e duas bombas de água operam 24 horas por dia. O sistema produz água potável suficiente para 35 mil pessoas por dia – com uma qualidade melhor do que a produzida pelos processos tradicionais.
Além de fornecer água de boa qualidade para as pessoas, a fazenda solar de água não tem o mesmo impacto negativo de outros processos, que envolvem produtos químicos e resíduos salinos nocivos ao meio ambiente.
A Organização Marítima Internacional (OMI) anunciou que o despejo de lodo de esgoto no mar será proibido, em breve, em todo o mundo. A medida está prevista numa emenda do tratado do Protocolo de Londres, que classifica resíduos que podem ser descartados em meio marítimo.
Ficou autorizado o descarte de grande parte de material dragado, resíduos de peixe, material geológico inerte e inorgânico, itens volumosos específicos e embarcações e plataformas concebidas por seres humanos em meio marítimo ou estruturas similares.
A lista aprova ainda a eliminação de material orgânico de origem natural e fluxos de dióxido de carbono dos processos de captura.
O Curto Verde é um apanhado diário do que você precisa saber sobre meio ambiente, sustentabilidade e demais temas ligados à nossa sobrevivência e do planeta.
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