Veja os destaques do Curto Verde desta terça-feira (27): startup norte-americana apresenta combustível neutro em carbono e feito de CO2; movimento de ativistas busca tornar o "ecocídio" crime internacional; marca brasileira é finalista de prêmio que homenageia sustentabilidade na moda; e dados recentes apontam o aumento do garimpo no Brasil - destaque especial para o avanço da atividade ilegal em terras indígenas.
A Air Company, uma startup de Nova York, apresentou uma mudança revolucionária para a aviação: um combustível neutro em carbono e feito de CO2.
Através do denominado AIRMADE™ SAF, a empresa converteu o poluente mais abundante do nosso planeta em um recurso sem fim – transformando o CO2 capturado em combustível de aviação sustentável.
A inovação pode derrubar as emissões do setor, hoje responsável por entre 2% e 3% dos gases estufa injetados na atmosfera.
O negócio da Air Company é fazer o dióxido de carbono trabalhar a favor da luta contra o aquecimento global. O CO2, que acumulado na atmosfera ajuda a intensificar as mudanças climáticas, pode ser também um rico combustível, capaz de dar propulsão às aeronaves sem necessidade de modificações no motor, e ter como subproduto apenas oxigênio a ser expelido nos escapamentos.
A startup está construindo as instalações para iniciar a produção em massa do combustível e pretende comercializá-lo a partir de 2024.
O movimento Stop Ecocide – que visa tornar o dano em massa e a destruição de ecossistemas em um crime internacional contra a paz passível de ação judicial – passou a última semana na cidade de Nova York, reunindo-se com dignitários que participam dos eventos da Semana do Clima, bem como da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
Ecocídio significa danos em massa e destruição de ecossistemas – danos graves à natureza que são generalizados ou de longo prazo. São exemplos de práticas que podem levar ao ecocídio:
Quando o ecocídio se tornar um crime internacional, os responsáveis por tais danos ambientais enfrentarão ações legais e possíveis penas de prisão.
No topo da lista de exigências do movimento está que os países de todo o mundo reconhecessem o ecocídio como uma ofensa contra a paz – acarretando multas e até prisão – por meio do Tribunal Criminal Internacional da ONU.
Contudo, existem obstáculos para o movimento superar. Dois terços dos países que reconhecem o Tribunal Penal Internacional da ONU precisariam aprovar a adição do ecocídio como crime – isso significa mais de 80 nações.
Integrantes do movimento estimam que cerca de duas dúzias de países expressaram um interesse em classificar o ecocídio como um crime internacional, incluindo o Reino Unido, Espanha, Islândia, França, México e Chile. (The Guardian*)
Para saber mais e fazer parte do movimento acesse:
Sabia que uma marca brasileira ficou entre os três finalistas de um prêmio global importante?
Pois é, a Nannacay foi finalista do CNMI Sustainable Fashion Awards, premiação organizada pela Camera Nazionale della Moda Italiana em parceria com a Ethical Fashion Initiative (EFI) das Nações Unidas. (V Magazine*)
A cerimônia rolou no último domingo (25), no final da semana de moda de Milão. O prêmio homenageia o movimento de sustentabilidade da moda.
A Nannacay trabalha de forma artesanal, com artesãos do Brasil, Peru e Equador. A marca foi criada em 2014, no Rio de Janeiro.
Nannacay, nome de origem Quechua Aimara, significa irmandade de mulheres e apresenta propostas inovadoras e criativas. Você já conhecia a marca?
A área de garimpo no Brasil dobrou em apenas uma década.
Segundo os mais recentes dados do MapBiomas, divulgados nesta terça-feira (27), que identificou o total do território brasileiro ocupado por essas atividades desde 1985 até o ano passado, o garimpo passou de 99 mil hectares para 196 mil hectares entre 2010 e 2021. Muita coisa né?
Só para ter uma ideia: a área é equivalente a quase 2 mil km², ou seja, é maior que a cidade de São Paulo, que tem 1,5 mil km².
O mesmo relatório apontou que a mineração industrial dobou de hectares de 2001 para 2021 – passou de 86 mil hectares para 170 mil.
Apenas dois estados – Pará e Mato Grosso – concentram 91,9% do garimpo no Brasil. Avanço do garimpo sobre terras indígenas foi de 632% entre 2010 e 2021.
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