Poucos meses depois que um surto de cólera matou mais de 1.800 pessoas e afetou um total de 58.982 pessoas em agosto, o Malawi assistiu ao regresso da sarna na cidade de Mzuzu e no distrito de Nsanje, com 4.152 casos registados na semana passada.
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A sarna é uma doença altamente contagiosa causada por pequenos ácaros que penetram na pele provocando intensa irritação e desconforto. É transmitido através do contato pele a pele.
Especialistas em saúde acreditam que o surto pode estar diretamente ligado à crise climática, uma vez que a atual onda de calor atual, a elevada umidade e a escassez de água em todo o Malawi tornam as pessoas mais vulneráveis a surtos de doenças.
“Olhando para a sarna, que afetou a cidade de Mzuzu e os distritos de Nsanje, acredito que possa ser resultado das alterações climáticas”, disse Maziko Matemba, especialista em saúde pública. “As alterações climáticas e a saúde são muito críticas para o Malawi e precisamos de fazer mais em termos de negociações sobre as alterações climáticas. Precisamos de olhar para os impactos na saúde das pessoas para garantir que tentamos ao máximo evitar estas condições”, completou Matemba.
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Apesar de contribuírem minimamente para as emissões globais, os países em desenvolvimento e os pequenos estados insulares sofrem os impactos mais severos causados pela crise climática na saúde. Nas regiões vulneráveis, a taxa de mortalidade causada por fenômenos meteorológicos extremos na última década foi 15 vezes superior à das regiões menos vulneráveis.
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