Em fim de mandato, o presidente Jair Bolsonaro – primeiro a não se reeleger na história do Brasil – vai enviar uma representação esvaziada para a 17ª Cúpula do G-20, em Bali, na Indonésia. Além dele mesmo ter desistido da viagem, o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro da Economia, Paulo Guedes, recusaram liderar a comitiva brasileira, que contará apenas com o ministro das Relações Exteriores, Carlos França.
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Não é pra menos: os olhos do mundo estão voltados para Lula, presidente eleito e respeitado quando o assunto é a Amazônia. Bolsonaro também tem sido alvo de ataques de ambientalistas e possíveis integrantes do próximo governo, como a deputada federal eleita Marina Silva, uma das apostas para o ministério do Meio Ambiente.
Agenda de Lula na ONU
Na quarta-feira, 16, Lula participa, às 11 horas (6 horas no fuso de Brasília) do evento “Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática”, junto com os governadores Waldez Góes (PDT-AP) Gladson Cameli (PP-AC), Mauro Mendes (União-MT), Helder Barbalho (MDB-PA), Wanderlei Barbosa (Republicanos-TO), e Marcos Rocha (União-RO).
Às 17h15 (12h15 no fuso de Brasília) de quarta, Lula faz pronunciamento na área das Nações Unidas (zona azul).
Na quinta-feira, 17, às 10 horas (5h em Brasília), Lula se encontra com representantes da sociedade civil brasileira no pavilhão Brazil Hub, e, às 15 horas (10h em Brasília), com o Fórum Internacional dos Povos Indígenas/Fórum dos Povos sobre Mudança Climática.
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Pavilhões
O Brasil tem três pavilhões na COP:
- Consórcio dos Governadores da Amazônia
- Sociedade civil (Brazil Hub)
- E o pavilhão do governo federal, que tem sido o mais esvaziado
Bolsonaro nunca foi à COP
O presidente Jair Bolsonaro não foi a nenhuma cúpula climática durante seu mandato. Em 2009, Lula já havia participado de uma Conferência do Clima – a COP-15, em Copenhague.
A gestão atual tem sido alvo de críticas no Brasil e no exterior por causa da escalada do desmatamento na Amazônia e pelos ataques do governo federal a países que repassam recursos para a preservação da floresta, como a Noruega e a Alemanha, que paralisaram as doações desde 2019.
Os dois países europeus já sinalizaram retomar os investimentos em ações para a preservação do bioma, via Fundo Amazônia, após o resultado das urnas.
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Com Estadão Conteúdo