Lula participou hoje do primeiro evento público na COP27, depois de encontros reservados nesta terça-feira (15). O presidente eleito foi recebido com efusividade pelo público que lotava os corredores do local e prometeu uma “luta muito forte” contra o desmatamento da Amazônia, que avançou com grande força nos quatro anos de mandato de Jair Bolsonaro.
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Durante o evento, organizado pelos governadores dos nove estados brasileiros da bacia amazônica, Lula afirmou que com seu retorno à presidência, a partir de 1º de janeiro, “o Brasil está de volta ao mundo”, começando pela agenda climática.
“O Brasil não pode ficar isolado como esteve nos últimos quatro anos, com um governo que não fez nenhum esforço para conversar com o mundo”, afirmou.
Lula também anunciou a criação de um ministério dos Povos Originários para que os indígenas “não sejam tratados como bandidos”. E prometeu “conversar muito” com os povos indígenas para coordenar as políticas na Amazônia.
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Durante o evento, o governador do estado do Pará, Helder Barbalho, leu uma carta conjunta dos governadores da bacia amazônica na qual pedem a Lula “maior celeridade na tramitação dos apoios internacionais”.
O tema dos apoios internacionais é um dos pontos centrais da participação de Lula na COP27, depois que Noruega e Alemanha, os principais contribuintes do Fundo Amazônia, anunciaram a intenção de desbloquear os fundos congelados desde 2019 devido à política de Bolsonaro.
Lula se reuniu na terça-feira à noite com o enviado do governo dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, que expressou o compromisso de Washington com a preservação da Amazônia e anunciou que trabalhará neste sentido com o próximo governo brasileiro e com Noruega e Alemanha.
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(Com AFP)