“Se nós, sul-americanos, temos alguma responsabilidade, é parar a destruição da Amazônia e iniciar um processo de recuperação coordenado, eficiente, consciente”, afirmou Nicolas Maduro, no balneário egípcio de Sharm el Sheikh, onde acontece a cúpula anual do clima, durante um ato que também contou com a presença do presidente do Suriname, Chan Santokhi.
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“Estamos determinados a revitalizar a selva amazônica” para “dar uma importante vitória à humanidade na luta contra a mudança climática”, declarou Gustavo Petro, líder da Colômbia, também durante a COP.
Petro, promotor da iniciativa para 8 países que formam a região amazônica, também convocou o envolvimento dos Estados Unidos, já que, no continente, é “o país que mais polui”. A superpotência tem, ao sul, “a esponja que mais absorve CO2 no continente americano”.
A respeito de financiamento, sugeriu “abrir um fundo” que deverá contar “com orçamento” e também com “o aporte das empresas privadas mundiais e dos Estados do mundo”.
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O líder colombiano voltou a prometer os US$ 200 milhões por ano durante 20 anos para a conservação da Amazônia e lançou um apelo à solidariedade dos organismos multilaterais:
“Um dos temas de consenso que podem nos unificar com a África, com parte da Ásia, é a troca da dívida pela ação climática”, onde o FMI “tem um papel a desempenhar”, junto com os grandes países desenvolvidos do mundo, insistiu.
O presidente colombiano reconheceu os “problemas”, para este plano, representados pelas grandes reservas de carvão e de hidrocarbonetos em toda região, a começar pela Venezuela, mas reiterou seu discurso firme de pôr fim, no longo prazo, ao uso de combustíveis fósseis.
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Líderes latino-americanos em defesa da Amazônia
Maduro e Petro foram os únicos líderes latino-americanos presentes nesta edição da COP27 de caráter marcadamente africano. A iniciativa ainda precisa ser oficialmente apresentada a outros presidentes – incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito do Brasil – em uma reunião que o líder colombiano quer marcar para o início de 2023.
Para Petro, a entrada do Brasil na aliança, liderado por Lula, “é absolutamente estratégica”.
Segundo a organização Amazon Conservation, que monitora o desmatamento da região, em torno de 13% da biomassa original amazônica desapareceu.
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Com AFP