Em 2009, os países ricos prometeram àqueles em desenvolvimento repassar, a partir de 2020, US$ 100 bilhões por ano em financiamento, sobretudo para ajudar os países a se adaptar aos impactos das mudanças climáticas e reduzir suas emissões de gases do efeito estufa. Mas essa promessa até agora não foi cumprida, com apenas US$ 83 bilhões fornecidos em 2020.
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Estimativas sugerem que o valor de US$ 100 bilhões deve ser, em tese, atingido neste ano. Mas a Oxfam afirma que os valores reais estão superestimados, já que parte do dinheiro foi retirada de outros orçamentos de ajuda externa já existentes, e parte do que é considerado como financiamento climático inclui fundos alocados para projetos de saúde e educação, com benefícios apenas marginais para o clima.
A Oxfam também argumenta que o financiamento deveria ser fornecido na forma de doações, em vez de empréstimos, que criam dívida para os países em desenvolvimento.
Se todos esses fundos – apontados como uma forma de “maquiar” os repasses – forem desconsiderados, restariam apenas algo entre US$ 21 bilhões a US$ 24,5 bilhões de ajuda como “puro financiamento climático”, diz a organização. Muito menos que os US$ 83 bilhões informados oficialmente.
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Oxfam's Climate Finance Shadow Report 2023:
— Steven Miron (@StevenJMiron) June 5, 2023
"DEVELOPED COUNTRIES REPORT THEY HAVE PROVIDED JUST $83.3BN OF THEIR COMMITTED $100BN OF ANNUAL CLIMATE FINANCE. ONLY $21 TO $24.5BN OF THIS COULD BE CONSIDERED REAL SUPPORT." https://t.co/J0H0o9ZAn5 pic.twitter.com/4y3To9WtBv
Além disso, diz a Oxfam que apenas US$ 11,5 bilhões de financiamento climático foram dedicados a ajudar os países pobres a se adaptar aos acontecimentos climáticos extremos.
Climate crisis: rich nations undermining work to help poor countries, research suggests https://t.co/KhzESn8RNC
— The Guardian (@guardian) June 5, 2023
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