Borboletas ameaçadas pela interferência humana no meio ambiente, estudo que investiga uma possível ligação entre a crise climática e as doenças infecciosas e 'o maior caso de tráfico de animais da história do Brasil' - as girafas importadas para o Rio de Janeiro - são os destaques.
Em reportagem especial, o Estadão divulgou que as borboletas estão cada vez mais ameaçadas pela atividade humana. (Estadão)
No final de julho, a borboleta-monarca migratória, subespécie oriunda da América do Norte, foi incluída na Lista Vermelha de espécies sob o risco de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
Esta subespécie é conhecida pela migração de longa distância – podendo percorrer até 4 mil quilômetros – partindo do Canadá e do norte dos Estados Unidos para o México e algumas regiões da Califórnia.
As mudanças climáticas e a perda do seu habitat afetam – e muito – as condições de sobrevivência da espécie migratória.
O desmatamento e as alterações no clima – que estão tornando os locais em que as borboletas costumam hibernar mais quentes (National Geographic) – desequilibram todo o seu processo natural de migração.
Além de serem lindas, as borboletas cumprem um papel fundamental no equilíbrio do ecossistema, sendo importantes para o processo de polinização e também na cadeia alimentar. (Borboletário de São Paulo)
Um estudo publicado na revista científica Nature Climate Change aponta que mais da metade das doenças patogênicas humanas conhecidas podem ter sido agravadas pelas mudanças climáticas.
Doenças como zika, malária, dengue, chikungunya e até Covid-19 foram agravadas por impactos como ondas de calor, incêndios florestais, chuvas extremas e inundações, segundo a pesquisa.
Os pesquisadores examinaram mais de 70 mil artigos científicos que investigaram esta ligação e descobriram que 218 – das 375 diferentes doenças infecciosas mencionadas nessas publicações – foram, em algum momento, agravadas pelas mudanças climáticas. (The Guardian*)
Em novembro do ano passado, 18 girafas foram trazidas dentro de 6 contêineres de madeira em um jumbo fretado de Joanesburgo para o Rio de Janeiro.
Os animais teriam sido importados como parte de um projeto de conservação anunciado pelo BioParque, novo nome do antigo zoológico do Rio de Janeiro.
Dentro de cada caixa, em um espaço mínimo, três girafas bebês respiravam através de pequenos orifícios de ventilação, após um voo de 10 horas.
Em seguida, os animais foram levados para Mangaratiba, onde permaneceriam pelo período obrigatório de quarentena. Um mês depois, foi noticiado que 3 das girafas morreram em circunstâncias ainda não esclarecidas. (G1)
Em janeiro deste ano, uma ação da Polícia Federal em conjunto com o Ibama apreendeu as 15 girafas remanescentes e instaurou um inquérito para investigar a ocorrência de maus-tratos. Desde então, os animais seguem no resort em Mangaratiba, sob responsabilidade do Ibama.
O laudo da necropsia das 3 girafas que morreram durante a quarentena revelou que os animais passaram por muito sofrimento antes da morte. (Metrópoles)
Em um relatório incluído no inquérito que investiga o caso, a Polícia Federal afirma que “não temos dúvida… que o presente caso se trata do maior caso de Tráfico de Animais Silvestres da história do Brasil”. (BBC)
Segundo a reportagem da BBC, os investigadores suspeitam que a real intenção do acordo de importação — que custou mais de R$ 6 milhões — tenha sido comercial e não como parte de um projeto de conservação, anunciado pelo BioParque.
Segundo as autoridades brasileiras, tanto o importador quanto o vendedor internacionais são citados em outros casos de suposta exploração animal envolvendo golfinhos, leões e macacos.
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Foto de destaque: Reprodução/Flickr
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