Créditos da imagem: Bruno Kelly

Desmatamento na Amazônia cai 33,6% no primeiro semestre, alerta Inpe

O desmatamento na Amazônia caiu 33,6% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, indicam dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta quinta-feira (06) pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Os dados foram coletados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER) do Inpe, que monitora mudanças na cobertura florestal. Esses números são considerados preliminares.

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De acordo com o DETER, entre janeiro e junho, a Amazônia registrou um total de 2.649 km² de alertas de desmatamento, em comparação com os 3.988 km² dos primeiros seis meses de 2022. Essa é a menor área devastada durante esse período desde o primeiro semestre de 2019, que foi de 2.446 km².

Essa queda no desmatamento do bioma sucede um aumento de 54% observado na segunda metade de 2022, quando a área sob alertas de desmatamento alcançou 4.803 km².

O balanço para o primeiro semestre também revela que Mato Grosso ultrapassou o Pará como o estado com a maior área sob alerta de desmatamento, representando 34% do total contabilizado.

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Devastação em alta no Cerrado

No Cerrado, o Inpe verificou uma queda de 14,6% na devastação em junho frente ao mesmo mês do ano passado (de 1.026 km² para 876 km²).

Na comparação semestral, no entanto, houve uma alta de 21% em relação aos primeiros seis meses de 2022 (de 3.638 km² para 4.408 km²). O desmatamento superou o recorde anterior, de 2018, quando 3.774 km² foram devastados nos primeiros seis meses do ano, de acordo com o DETER.

No caso do Cerrado, 81% do desmatamento está concentrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e da Bahia. Entre eles, o maior peso está na Bahia, que concentra 28% das áreas sob alerta no bioma.

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