Veja os destaques do Curto Verde desta terça-feira (4): Dia da Natureza visa conscientizar a população a respeito da importância da preservação do meio ambiente; novo relatório aponta que melhor gestão dos resíduos pode ajudar a reduzir em 84% as emissões de gases do efeito estufa; secretário-geral da ONU apela aos líderes mundiais para que participem da COP27 e esclareçam as ações climáticas que serão implementadas em níveis nacional e global; acordo de patrocínio entre a COP27 deste ano com a Coca-Cola tem gerado muita polêmica entre os ambientalistas, que classificam a empresa como a pior poluidora de plástico do mundo.
Neste 04 de outubro é comemorado o Dia da Natureza, uma data criada com o intuito de conscientizar a população a respeito da importância da preservação do meio ambiente.
Preservar e restaurar a natureza é a solução para que todas as espécies, incluindo a humana, tenham futuro 💚
Uma gestão melhor dos resíduos pode ajudar a reduzir em 84% as emissões de gases do efeito estufa nesse setor, destaca a plataforma Global Alliance for Incinerator Alternatives (Gaia) em relatório divulgado nesta terça-feira (4).
O setor representa 3,3% das emissões de gases do efeito estufa no mundo e um quinto das de metano, gás que pode causar o mesmo aquecimento que o CO2, embora sua vida seja mais curta.
“A introdução de melhores políticas de gestão de resíduos, como seleção, reciclagem ou compostagem, pode reduzir as emissões totais do setor em 84%”, indicam os autores. É como se toda a frota de automóveis dos Estados Unidos ficasse estacionada a cada ano, comparam.
As emissões podem ser reduzidas de várias formas: evitando os aterros que produzem metano, usando composto nos solos para melhorar a captação de CO2, e reduzindo as emissões ligadas à fabricação e ao transporte de produtos manufaturados, cujo uso poderia ser limitado e reciclado.
A Gaia propõe medidas para evitar o desperdício de alimentos ou proibir os plásticos de uso único, introduzir a coleta e o tratamento de resíduos orgânicos ou investir em sistemas de reciclagem e compostagem de resíduos.
“Uma gestão melhor dos resíduos é uma solução óbvia para as mudanças climáticas”, comentou Neil Tangri, coautor do relatório. “Não requer uma tecnologia nova, cara ou chamativa, apenas que sejamos mais cuidadosos com o que produzimos e consumimos e com o que fazemos com esses produtos quando não precisamos mais deles.”
A Gaia espera que essas questões possam ser discutidas na próxima conferência climática da ONU (COP27), que começa daqui a um mês no Egito.
Às vésperas da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP27), marcada para o dia 6 de novembro no Egito, o secretário-geral da ONU, António Guterres, conversou com jornalistas sobre os desastres naturais vistos nas últimas semanas, como o furacão Ian, na Flórida.
Guterres destacou que ministros dos países participantes se reúnem esta semana em Kinshasa, na República Democrática do Congo, para debater os rumos da COP27.
Para o secretário-geral, a reunião é “crucial” sobretudo com as catástrofes mais recentes em todo o mundo, dos alagamentos às temperaturas recordes.
António Guterres voltou a dizer que as nações do G20 devem tomar a frente na liderança do debate e nos investimentos.
Para ele, além dos países desenvolvidos, bancos multilaterais também devem agir para levantar os fundos para mitigação, adaptação e resiliência.
O chefe da ONU ressaltou que a “enquanto o caos climático galopa, a ação climática estagna”.
Ele adicionou que “se vive uma luta de vida ou morte por nossa própria segurança hoje e nossa sobrevivência amanhã”. Para Guterres, não é hora de “acusar, apontar os dedos”, mas sim de buscar compromisso entre economias desenvolvidas e emergentes.
Na avaliação do líder da ONU, a guerra na Ucrânia tem atrasado a pauta climática e até mesmo no setor privado é possível observar retrocessos.
Ele afirma que em todas as frentes climáticas, a única solução é a solidariedade e a ação decisiva e apela aos líderes para que participem plenamente da COP27 e esclareçam as ações climáticas que serão implementadas em níveis nacional e global.
Um acordo de patrocínio entre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP27) deste ano e a Coca-Cola, tem gerado muita polêmica.
A COP27, a ser realizada em Sharm el-Sheikh, de 6 a 18 de novembro, é o principal fórum mundial para governos, empresas e organizações ambientais discutirem soluções para a emergência climática. No final do mês passado, a parceira foi divulgada através das redes sociais.
O anúncio causou indignação entre os ambientalistas e ativistas da causa, que descreveram a parceria como desconcertante
Um relatório (🇬🇧) – divulgado anualmente pela coalizão global Break Free From Plastic – apontou a Coca-Cola como a pior poluidora de plástico do mundo pelo quarto ano consecutivo em 2021.
“Nossa análise constatou que o principais empresas poluidoras de plástico de 2021 são: Coca-Cola Company, PepsiCo, Unilever, Nestlé, Procter & Gamble, Mondelez International, Philip Morris International, Danone, Mars, Inc., e Colgate-Palmolive”, destaca o documento.
Em entrevista ao jornal The Guardian (*), Emma Priestland, coordenadora da Break Free From Plastic, disse: “A Coca-Cola patrocinando a Cop27 é pura ‘ lavagem verde ‘. Ao longo de quatro anos, descobrimos que a Cola-Cola é a maior poluidora de plástico do mundo em nossas auditorias anuais de marca. É surpreendente que uma empresa tão ligada à indústria de combustíveis fósseis seja autorizada a patrocinar uma reunião climática tão vital.”
Uma petição (🇬🇧), criada por um delegado da COP26 em Glasgow, pede a remoção da Coca-Cola como patrocinadora da COP27 e já conta com milhares de assinaturas.
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(com AFP)
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