Confira alguns dos destaques desta quinta-feira (10) no 5º dia da Cúpula do Clima (COP27) no Egito. Tivemos mais protestos, acordos selados e muito mais.
Nesta quinta-feira (10), foram debatidos temas ligados a ciência, a partir de documentos como os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), e a juventude e gerações futuras.
E o dia começou com mais protestos. Ao descobrirem que lobistas do setor de combustíveis fósseis estão presentes na COP27, ativistas de justiça climática da Ásia, África e das Américas fizeram uma manifestação, exigindo que a ONU expulsasse os poluidores da cúpula.
São 600 lobistas de combustíveis fósseis na COP este ano – um número recorde – que representa um aumento de mais de 25% em relação ao ano passado. O montante supera qualquer delegação nacional, exceto a dos Emirados Árabes Unidos, que, segundo um levantamento da Carbon Brief (🇬🇧), levou mais de mil pessoas para a COP27. A segunda maior delegação deste ano é a brasileira, com 574 pessoas.
Em uma rede social, a ativista sueca Greta Thunberg também se posicionou a respeito da presença dos lobistas. “Se você quer combater a malária, não convide os mosquitos”, disse.
Outros protestos também marcaram o dia. Destaque para aqueles em solidariedade aos defensores do meio ambiente assassinados e presos em todo o mundo, incluindo o preso político britânico-egípcio Alaa Abd el-Fattah.
Segundo informações do site The New Arab (*), Israel, Líbano e Iraque deixaram as hostilidades de lado e concordaram em trabalhar juntos, ao lado de outras nações, para combater o aquecimento global.
A presidente da Câmara nos EUA falou na COP27 e fez menção às eleições de meio de mandato que estão acontecendo nos Estados Unidos. A parlamentar afirmou que é “difícil falar” sobre os resultados agora, já que a apuração dos votos ainda está acontecendo, mas ressaltou que muitos republicanos acham que a crise climática é uma farsa.
“Temos que superar isso. Esse assunto é urgente, está atrasado”, disse.
A Eslovênia é o mais recente de uma longa fila de países europeus a abandonar o Tratado da Carta da Energia, que dá às empresas energéticas o direito de processar governos.
Da Noruega, veio a notícia do adiamento da exploração do campo de petróleo mais setentrional do mundo – o campo de Wisting – um projeto de US$ 10 bilhões que está parado há 4 anos.
Na sexta (11), o tópico do dia é descarbonização. O sábado (12) será dedicado ao debate sobre adaptação climática e agricultura. A semana seguinte começa com discussões sobre gênero e sobre água, no dia 14. Terça (15) é dia de falar sobre sociedade civil e energia. No dia 16, o assunto é biodiversidade, e na quinta (17), soluções para o clima.
A Conferência Internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas – COP27 – começou no último domingo (6), no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh. A COP é o grande evento anual da ONU cujo objetivo é discutir ações que visam o enfrentamento das mudanças climáticas.
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