Confira alguns dos destaques desta sexta-feira (11) no 6º dia da Cúpula do Clima (COP27) no Egito. Tivemos um dos discursos mais aguardados: o do presidente norte-americano, Joe Biden.
Nesta sexta-feira (11), o assunto do dia na COP foi a descarbonização.
Tivemos mais protestos. Destaque para a denúncia de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, cientistas e estudantes de medicina de todo o mundo: a carnificina climática está matando seus pacientes!
Os profissionais atribuíram o aumento das mortes em todo o mundo à crise climática, que está causando poluição do ar, desnutrição e falta de acesso aos cuidados de saúde.
Especialistas afirmaram que os produtores de gás e seus financiadores estão vendo a COP27 como uma oportunidade para fazer uma espécie de “rebranding” do gás natural, vendendo a ideia de que este pode ser visto como um “combustível de transição” em vez de mais um combustível fóssil. (The Guardian*)
O impulso estaria vindo do anfitrião Egito e seus aliados produtores de gás, em meio a uma crise global de energia agravada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
Mas vale lembrar que a queima de gás, embora seja menos poluente que o carvão, pode aumentar o aquecimento global muito além dos 1,5°C estipulados pelo Acordo de Paris.
Outro destaque do dia foi a participação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Biden proclamou que os EUA estão de volta como líder global contra as mudanças climáticas após a aprovação da Lei de Redução da Inflação, que incluiu cerca de US$ 370 bilhões em incentivos de energia limpa destinados a reduzir o uso de gases nocivos do efeito estufa.
Ele falou de como imediatamente devolveu os EUA ao acordo climático de Paris de 2015 ao assumir o cargo depois que seu antecessor, o presidente Donald J. Trump, retirou o país: “Peço desculpas por termos desistido do acordo”, disse.
Ainda, anunciou um novo apoio, no valor de US$ 150 milhões, para acelerar os esforços do Plano de Emergência do Presidente para Adaptação e Resiliência (PREPARE) em toda a África.
Biden, contudo, não fez qualquer menção a um dos temas quentes desta COP27: a exigência dos países em desenvolvimento de que as nações mais industrializadas, historicamente responsáveis pelo grosso das emissões, alimentem um fundo para compensá-los pelas perdas e danos da emergência climática.
Foi divulgado nesta sexta (11), durante a COP27, um relatório que mostra que, apesar do apelo da Agência Internacional de Energia (AIE) para que não hajam novas plantas de exploração de petróleo e gás, 655 das 685 (96%) das empresas de exploração e produção têm planos de expansão.
Segundo o documento, elaborado pela ONG alemã Urgewald e por 50 ONGs parceiras, o planejamento da expansão “assustadora” resultaria na liberação de 115 bilhões de toneladas de CO2, o que equivale a mais de 24 anos das emissões dos EUA.
O sábado (12) será dedicado ao debate sobre adaptação climática e agricultura. A semana seguinte começa com discussões sobre gênero e sobre água, no dia 14. Terça (15) é dia de falar sobre sociedade civil e energia. No dia 16, o assunto é biodiversidade, e na quinta (17), soluções para o clima.
A Conferência Internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas – COP27 – começou no último domingo (6), no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh. A COP é o grande evento anual da ONU cujo objetivo é discutir ações que visam o enfrentamento das mudanças climáticas.
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