Veja os destaques do Curto Verde desta quarta-feira (28): a 15ª edição do Fórum Embalagem & Sustentabilidade, que acontece nos dias 28 e 29 de setembro, busca discutir, entre outros pontos, a viabilidade de embalagens de menor impacto ambiental; o uso de combustíveis verdes, tais como o hidrogênio, pode ser chave para atingir meta ambiental no transporte marítimo - responsável por 3% das emissões de dióxido de carbono anuais; iniciativa brasileira visa utilizar os créditos de carbono para preservação da biodiversidade da Mata Atlântica; e novo relatório aponta derretimento recorde das geleiras suíças.
Há um grande debate para a redução do consumo de embalagens. Será que é possível uma vida sem embalagens?
Como seria fazer uma compra no supermercado sem embalagens? Ou então como seria exportar ou importar produtos sem embalagens no mundo globalizado? Um mundo sem embalagens é irreal porque elas têm um papel fundamental nas atividades cotidianas dos consumidores e na economia do país.
Com a ideia de discutir embalagens de menor impacto ambiental, promover o modelo de economia circular e estabelecer projetos de recuperação dos materiais já usados, o Instituto de Embalagens organiza a 15ª edição do Fórum Embalagem & Sustentabilidade, que acontece nos dias 28 e 29 de setembro on-line.
O evento reunirá líderes da cadeia de valor de embalagens para debater as oportunidades e iniciativas que promovem a redução de menor impacto ambiental e a jornada de circularidade das embalagens pós-consumo.
Para esta edição, já estão confirmadas palestras de representantes de importantes players do setor como Ball, Bobst, CBA, Henkel, Indorama, Irani Embalagens, Klabin, Owens-Illinois, Papirus, Suzano, Valgroup, Evertis, Novelis, Unilever, Nestlé, Yara Fertilizantes, Pepsico, Jhonson e Jhonson, Natural One, Natura, Grendene, entre outros.
Principais temas:
As inscrições devem ser realizadas na página oficial do Instituto de Embalagens.
O transporte marítimo é responsável por 80% das mercadorias transportadas globalmente, de acordo com dados das Nações Unidas (ONU).
Existem atualmente, em estimativa – ainda de acordo com relatórios da ONU -, cerca de 100 mil navios comerciais que usam combustíveis fósseis para propulsão, como óleo bunker, diesel ou gás natural liquefeito (metano).
Devido ao grau de importância dessas atividades na economia moderna, sozinhos eles são responsáveis por 3% das emissões de dióxido de carbono por ano.
Em uma tentativa de frear esse impacto negativo, a Organização Marítima Internacional (IMO), órgão da ONU responsável por regulamentar esse meio, estabeleceu a meta de reduzir pela metade as emissões totais anuais em 28 anos.
O combustível mais comumente usado pelos navios é o bunker, óleo pesado que contém quantidades relevantes de enxofre. Sua queima resulta na emissão de gases de efeito estufa (GEE) e outros gases poluentes.
Um estudo da IMO de 2020 estima que anualmente são consumidas entre 250 e 300 milhões de toneladas de combustível, o que provoca uma emissão anual de 1.076 milhões de toneladas de CO².
“Se o transporte marítimo fosse um país, seria o sexto mais poluente do mundo, atrás apenas do Japão e à frente da Alemanha”, compara Reinaldo Pinto dos Santos, cofundador e presidente da TWB Bahia Transportes Marítimos.
Entre as principais soluções para este problema está o uso de novos combustíveis – neste cenário, ganha destaque o hidrogênio, produzido sem emissões de CO².
Um combustível verde
De acordo com a Agência Internacional de Energia, o hidrogênio se sobressai em comparação a outras tecnologias também pelo uso mínimo de minérios e terras raras. E o metal usado para sua produção é 100% reciclável.
O ajuste necessário para implementar o hidrogênio nos navios é o armazenamento, por ele exigir um volume 4,3 vezes maior que o diesel marítimo. “Estamos falando de uma navegação mais verde. Estes transportes usarão uma espécie de hidrogênio comprimido como fonte de energia”, explica Reinaldo.
Um dos projetos de embarcações movidas a hidrogênio líquido é o MASS, projeto da Acua Ocean, startup do Reino Unido especializada em energia limpa marítima.
Uma nova metodologia brasileira quer associar os créditos de carbono ao pagamento por outros serviços ambientais – como os de manutenção da biodiversidade -, abrindo a possibilidade para o uso do instrumento para conservação em áreas nas quais hoje ele não é utilizado, como a Mata Atlântica.
A proposta foi desenvolvida pela consultoria brasileira Eccon e pelas Reservas Votorantim e acaba de ser colocada em consulta pública por um período de dois meses.
O período se estende até depois da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que começa em novembro, para que seja possível apresentar a ideia e coletar impressões.
“A metodologia inova ao incluir o bioma Mata Atlântica dentro de estratégias que conectam a conservação, o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e mercados voluntários de carbono, contribuindo para os esforços de conservação dos 12,4% restantes desse bioma no Brasil, de acordo com o SOS Mata Atlântica”. (Reservas Votorantim)
As geleiras da Suíça perderam 6% de seu volume total este ano devido a um inverno seco e sucessivas ondas de calor no verão, batendo todos os recordes de degelo, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira (28).
O estudo da Comissão Criosférica (CC) da Academia Suíça de Ciências (*) mostra a magnitude da perda de geleiras, que só vai piorar no futuro.
“2022 foi um ano desastroso para as geleiras suíças: todos os recordes de derretimento foram quebrados”, disse a CC, segundo a qual uma perda de 2% em 12 meses era anteriormente considerada “extrema”.
Três quilômetros cúbicos de gelo derreteram, de acordo com o relatório.
“Não é possível parar o derretimento no curto prazo”, disse o professor de glaciologia Matthias Huss, chefe do Monitor de Geleiras na Suíça, que documenta mudanças de longo prazo nas geleiras nos Alpes e é coordenado pela CC.
Se as emissões de dióxido de carbono forem reduzidas e o clima for protegido, “um terço do volume total na Suíça poderá ser poupado na melhor das hipóteses”, disse ele à AFP.
Por outro lado, se a situação continuar, o país “terá perdido tudo até o final do século”.
(Com Estadão Conteúdo e AFP)
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