Empresas concordam em pagar US$ 1,185 bilhão em acordo sobre ‘poluentes eternos’

Três empresas químicas dos Estados Unidos concordaram na sexta-feira (2) em pagar 1,185 bilhão de dólares (5,8 bilhões de reais) para evitar processos pela contaminação da água potável nos Estados Unidos pelos PFAS, conhecidos como "poluentes eternos".

Em um comunicado, as empresas Chemours, DuPont de Nemours e Corteva anunciaram “o acordo de princípio para solucionar todas as ações relacionadas com (…) água potável contaminada com PFAS nas redes públicas de distribuição de água”.

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Os grupos pagarão o total de US$ 1,185 bilhão, distribuídos em 592 milhões (2,93 bilhões de reais) para a Chemours, 400 milhões (R$ 1,98 bilhão) para a DuPont de Nemours e 193 milhões (R$ 956 milhões) para a Corteva.

As substâncias perfluoroalquil e polifluoroalquil são parte de uma família de compostos químicos sintéticos conhecidos como PFAS, que contêm mais de de 4.700 moléculas suspeitas de ter um impacto terrível para a saúde.

As substâncias receberam a alcunha de “poluentes eternos” devido ao ciclo de vida muito longo.

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Ao mesmo tempo, de acordo com a agência a Bloomberg, a empresa 3M teria assinado um princípio de acordo de pelo menos 10 bilhões de dólares (49,5 bilhões de reais) para acabar com outros processos judiciais relacionados com os PFAS, iniciados por várias cidades americanas.

A 3M ainda não respondeu a um pedido de comentários.

O acordo ainda precisa da aprovação de um juiz.

A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos propôs no início do ano novos padrões para limitar os PFAS na água potável, para exigir que as empresas de serviços públicos monitorem seis produtos químicos e reduzam seus níveis.

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O diretor da EPA, Michael Regan, disse que os novos padrões poderiam evitar milhares de mortes e dezenas de milhares de doenças relacionadas com os PFAS.

“Estas substâncias tóxicas são tão onipresentes e duradouras… que são encontradas nos alimentos, no solo na água, inclusive nas áreas mais remotas do planeta”, afirmou.

Os compostos são utilizados, por exemplo, nas espumas de extinção de chamas empregadas pelos bombeiros e contaminam as águas de escoamento.

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