Estudo liga aquecimento global ao aumento de bactérias “comedoras de carne”

Um estudo recente, publicado no Scientific Reports, sugere que o clima mais quente pode aumentar as infecções de uma bactéria carnívora ao longo da costa leste dos Estados Unidos. Segundo os cientistas a Vibrio vulnificus geralmente vive em água salgada, quente e salobra, comum na costa leste dos Estados Unidos. Mas o aquecimento dos oceanos pode fazer com que ela se espalhe para outras regiões e fique ainda mais comum e perigosa.

“As emissões de gases de efeito estufa da atividade humana estão mudando nosso clima, e os impactos podem ser especialmente agudos nas costas do mundo, que fornecem uma importante fronteira entre os ecossistemas naturais e as populações humanas e são uma importante fonte de doenças humanas”, disse a geocientista Elizabeth Archer, um dos responsáveis pelo o estudo. 

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De acordo com reportagem da Fox News, Archer e seus colegas usaram modelos de dados para prever a futura distribuição da doença.

“Mostramos que, até o final do século 21, as infecções por V. vulnificus se estenderão mais para o norte, mas quão longe ao norte dependerá do grau de maior aquecimento e, portanto, de nossas futuras emissões de gases de efeito estufa”, disse o cientista Archer.

O estudo descobriu que as infecções por Vibrio vulnificus no leste dos EUA entre 1988 e 2018 aumentaram de 10 para 80 por ano e podem aumentar ainda mais para 200 por ano até 2100.

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As conclusões do estudo são um tanto alarmistas: a bactéria pode continuar a se espalhar para o norte e “abranger grandes centros populacionais nos arredores de Nova York”.

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