Fiocruz vai recuperar área degradada de Mata Atlântica no Rio, como ajustamento de conduta

Um projeto coordenado pela Fiocruz pretende restaurar 6,7 hectares (equivalente a 67 mil metros quadrados) de área de Mata Atlântica na região do Maciço da Pedra Branca, no Rio de Janeiro, onde fica o Campus Fiocruz Mata Atlântica. A Floresta da Pedra Branca é o maior remanescente de Mata Atlântica na cidade do Rio de Janeiro, localizada na zona Oeste da cidade, e uma das maiores florestas urbana do mundo.

“O projeto de restauração ecológica vai realizar o plantio de espécies nativas, visando diminuir o efeito de borda da floresta e aumentar a riqueza de espécies com potencial medicinal, frutíferas e plantas alimentícias não convencionais [PANCs], além de contribuir para a conectividade de fragmentos florestais e para a conservação de espécies nativas da Mata Atlântica”, explica a coordenadora do projeto e doutora em Biologia Vegetal, Andrea Vanini. 

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A meta é ampliar o número de matrizes florestais que já vem sendo marcadas há mais de 10 anos na Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica, para aumentar a variabilidade genética das mudas produzidas, buscando espécies endêmicas e ameaças de extinção.

“Vamos plantar espécies como a Crysophyllum imperiale, conhecida como fruta-do-imperador (por causa de Dom Pedro I), atualmente na lista de espécies ameaçadas, o cedro, o pau-brasil, o equitibá-açu, ipês, cutieira, bacupari, palmito-jussara, etc., que são atrativas para a fauna nativa”, explica Vanini.

“Essas árvores fornecem o alimento que os animais necessitam e que, em contrapartida, dependem deles para dispersar suas sementes pela floresta e assim conservar a biodiversidade local ”. 

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Recuperando o que foi degradado

Iniciativa tem como meta ampliar o número de matrizes florestais que já vem sendo marcadas há mais de 10 anos na Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica (foto: Fiocruz Mata Atlântica)

O projeto de restauração ecológica tem o financiamento de uma medida compensatória do Termo de Ajuste de Conduta do Ministério Público Estadual em parceria com a Fiocruz Mata Atlântica.

“A medida compensatória é uma penalização que busca mitigar os impactos ambientais negativos que uma empresa cometeu. Além das ações de plantio e manejo da Mata Atlântica, o projeto irá ofertar cursos de identificação de espécies nativas, coleta de sementes florestais e produção de mudas para a comunidade do entorno do Parque Estadual da Pedra Branca”, destaca Vanini. 

O monitoramento da fauna nas áreas de floresta já restauradas pela Fiocruz Mata Atlântica, apontou a presença de elementos da fauna silvestre, como tamanduá, tapiti, gambá e paca, animais típicos da fauna nativa da Mata Atlântica do Rio de Janeiro.

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(Fonte: Agência Fiocruz)

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