A Opep+ é uma aliança entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros 10 países produtores de petróleo, como Rússia, México e Irã. O grupo é responsável por cerca de 40% da produção mundial de petróleo.
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A adesão do Brasil à Opep+ foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro de 2022. A decisão foi motivada pela alta dos preços do petróleo, que tem pressionado a inflação no país.
Os ativistas ambientais criticam a adesão do Brasil à Opep+ por considerar que ela vai contra os compromissos climáticos assumidos pelo país. O Brasil é signatário do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius.
Para o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, o anúncio foi um “contrassenso”. Astrini destacou que, para liderar o debate climático no mundo, o Brasil precisa endereçar a exploração de petróleo.
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“Tratar da questão de petróleo significa o Brasil tomar uma posição de que o petróleo precisa acabar, os combustíveis fósseis precisam acabar, e colocar em cima da mesa uma proposta de como será esse fim, como será essa transição. Esse é o debate de liderança de clima no mundo”, enfatizou.
O Fóssil do Dia é concedido de forma irônica, uma vez por dia, durante as conferências climáticas da ONU, desde 1999. Membros da Rede de Ação do Clima (CAN, na sigla em inglês) votam em países considerados como tendo feito o “melhor” para bloquear o progresso nas negociações nos últimos dias de negociações.
O Brasil é o vencedor do Fóssil do Dia de hoje na #COP28, prêmio nada honroso para um país que pretende liderar as ações climáticas no mundo. Lula cobrou uma economia menos dependente de combustíveis fósseis, mas ao mesmo tempo anunciou a nossa entrada na Opep+ pic.twitter.com/O7gfZAKJmO
— Observatório do Clima (@obsclima) December 4, 2023
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