Segundo a pesquisa (🇬🇧), 100 vídeos – com um total de 18 milhões visualizações – se encaixariam naquilo que o próprio Google define como critérios para impedir a promoção deste tipo de atividade em seu site.
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A política se aplica a conteúdos que se referem às mudanças climáticas como uma fraude ou farsa, negam a tendência de longo prazo de que o clima está esquentando ou negam que as emissões de gases do efeito estufa ou a atividade humana contribuam para a crise do clima.
Os vídeos, porém, continuam disponíveis ao público e sendo patrocinados por grandes marcas como Adobe e Calvin Klein. “Isso realmente levanta a questão sobre qual é o atual nível de fiscalização do Google”, disse Callum Hood, chefe de pesquisa do Center for Countering Digital Hate, em entrevista, informa reportagem do The New York Times (*).
Michael Aciman, porta-voz do YouTube, disse em comunicado que a empresa permitia “debates sobre políticas ou discussões de iniciativas relacionadas ao clima, mas quando o conteúdo cruza a linha para a negação das mudanças climáticas, removemos os anúncios da veiculação nesses vídeos”. Embora “apliquemos esta política rigorosamente, nossa aplicação nem sempre é perfeita e estamos trabalhando constantemente para melhorar nossos sistemas para detectar e remover melhor o conteúdo que viola a política. É por isso que recebemos feedback de terceiros quando eles acham que perdemos alguma coisa”, completa.
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Os pesquisadores da coalização do Climate Action Against Disinformation afirmam que é difícil avaliar toda a extensão da desinformação no YouTube, pois assistir a vídeos é um trabalho demorado e eles têm acesso limitado aos dados, deixando-os dependentes de pesquisas trabalhosas na plataforma com palavras-chave. “Acho que é justo dizer que provavelmente essa é a ponta do iceberg”, acrescentou Hood, referindo-se ao que eles encontraram no estudo.
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