“Acabo de voltar do Paquistão, onde olhei pela janela para o futuro, um futuro de caos climático permanente e onipresente em uma escala inimaginável”, disse Guterres em uma coletiva de imprensa, dias antes da chegada de dezenas de líderes de todo o mundo para a reunião de alto nível da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
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“O que está acontecendo no Paquistão demonstra a insuficiência da resposta global à crise climática e a traição e a injustiça no centro da mesma”. Em sua visita ao país – devastado pelas inundações – Guterres disse que “nunca tinha visto uma carnificina climática” nesta escala e culpou as nações mais ricas pela destruição.
“Minha mensagem aos líderes mundiais reunidos aqui é clara: baixem a temperatura, agora. Não inundem o mundo hoje, não o afoguem amanhã”, disse nesta quarta-feira (14), denunciando “décadas de intransigência por parte dos grandes emissores”, em particular o Grupo dos 20.
“Se um terço dos países do G20 estivessem debaixo d’água hoje, como poderiam estar amanhã, talvez lhes seria mais fácil fazer cortes drásticos nas emissões”.
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Ele também criticou as grandes empresas de combustíveis fósseis, acusando-as de “matar o planeta” para obter a maior quantidade possível de commodities.
O secretário-geral também lamentou as divisões da comunidade internacional e disse: “as divisões geoestratégicas são as maiores desde pelo menos a Guerra Fria. E estão paralisando a resposta global aos desafios dramáticos que enfrentamos”, incluindo a guerra, as mudanças climáticas, a pobreza, a fome e a desigualdade, acrescentou.
“A solidariedade prevista na Carta das Nações Unidas está sendo devorada pelos ácidos do nacionalismo e do interesse próprio”, reforçou.
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(com AFP)
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