A pandemia de covid-19 chega ao fim, mas deixou um rastro de mortes e sequelas. Você já parou para pensar como tudo isso te afetou, e como você pode contribuir para curar as feridas que a pandemia deixou em nossa sociedade?
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O Brasil tem 2,7% da população mundial e 33% das mortes mundiais por covid-19 aconteceram por aqui, de acordo com um levantamento feito pela Universidade Federal de Pelotas (RS), e divulgada na CPI da covid no Senado Federal.
Todo brasileiro tem uma história de perda e mudança nos últimos dois anos. A pandemia também nos deu um aviso: não estamos prestando atenção na nossa saúde e na ligação com a Natureza. Nãos estamos dando atenção suficiente ao meio ambiente. Essa é a mensagem do Heling Trees, que numa tradução literal poderia ser “árvores curandeiras”.
O movimento nasceu na Costa Rica e estabeleceu a meta ambiciosa de promover o plantio de mais de 5 milhões de árvores em todo o mundo em homenagem aos entes queridos que perdemos para a covid-19. O objetivo é que cada pessoa que perdeu um familiar, amigo ou conhecido devido a covid-19 plante uma árvore em memória da pessoa que amou.
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“Com Healing Trees, buscamos atingir impactos reais e responsáveis, onde podemos dar às árvores plantadas a manutenção necessária durante seus primeiros anos de desenvolvimento”, disse Jose Zaglul, diretor da Healing Trees, em entrevista ao Fundo Global para o Meio Ambiente.
Aqui no Brasil, o movimento chega por meio da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, em parceria com o Instituto Anchieta Grajaú, que que atende crianças, adolescentes de famílias em situação de vulnerabilidade social.
O local escolhido para plantio das árvores pertence ao Instituto. Ao todo, serão plantadas mais de 30 mudas diferentes e frutíferas nativas da Mata Atlântica, por cerca de 400 funcionários do Instituto e suas famílias. A ideia é plantar e acompanhar aquela árvore ao longo da vida, como se a criança ou adolescente que se foi estivesse ali, em vida, numa árvore.
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A supervisora de Desenvolvimento Humano da ONG, Lucyanne Masson, diz que “será um encontro significativo, pois a maioria dos cuidadores atuou na linha de frente do atendimento [a pacientes de covid-19] no auge da pandemia, vivendo de perto as consequências do vírus, tanto para os pacientes, como para os familiares”.
De acordo com a Lucyanne, a participação no movimento “engaja todos que participam e visa fomentar a atitude cidadã entre os funcionários e familiares do instituto.”
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