Jato da Virgin Atlantic movido a combustível sustentável faz seu primeiro voo transatlântico

O primeiro voo transatlântico de um avião comercial totalmente movido a combustível de aviação “sustentável” (SAF) decolará de Londres para Nova York nesta terça-feira (28). O voo da Virgin Atlantic, parcialmente financiado pelo governo do Reino Unido, foi saudado pela indústria da aviação como uma demonstração do potencial para reduzir significativamente as emissões líquidas de carbono provenientes dos voos, embora os cientistas e grupos ambientalistas estejam extremamente cépticos.

As companhias aéreas já voaram com uma mistura de até 50% de combustíveis alternativos, chamados combustíveis de aviação sustentáveis ​​(SAF), e o voo VS100 operará sob dispensa especial, sem passageiros pagantes, utilizando combustível feito principalmente de sebo e outros resíduos.

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Um dos passageiros a bordo, o secretário dos transportes, Mark Harper, disse: “O voo de hoje, 100% movido a SAF, mostra como podemos descarbonizar os transportes agora e no futuro, reduzindo as emissões do ciclo de vida em 70% e inspirando a próxima geração de soluções”.

A Virgin Atlantic disse que o voo para Nova York mostraria que o SAF era um substituto seguro para o querosene normal. 

As companhias aéreas veem o SAF como uma via possível para reduzir as emissões líquidas, porque pode ser utilizado em aviões já existentes. No entanto, a disponibilidade do combustível é inferior a um milésimo do volume total de combustível de aviação utilizado em todo o mundo.

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O que dizem os ambientalistas?

Os ativistas disseram que o governo e as companhias aéreas estão fazendo afirmações enganosas sobre o voo – particularmente um anúncio do Departamento de Transportes de que os SAFs “tornariam o voo sem culpa uma realidade”.

Cait Hewitt, diretora de políticas da Federação Ambiental da Aviação, disse: “A ideia de que este voo de alguma forma nos aproxima de um voo sem culpa é uma piada”.

Ela disse que seria muito difícil aumentar a produção de SAF de forma sustentável, acrescentando: “Esperamos que teremos melhores soluções tecnológicas no futuro, mas, por enquanto, a única maneira de reduzir o CO2 da aviação é voar menos”.

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