Créditos da imagem: Bruno Kelly

Mais um recorde de desmatamento na Amazônia em junho

Pelo terceiro ano consecutivo, área sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal em junho bate recorde. O mês também registrou o maior índice de desflorestamento desde 2016, segundo dados do Deter, programa de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Foram destruídos 1.120 km² da floresta em junho de 2022, um aumento de cerca de 5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a área atingida foi de 1.061 km².

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Para efeito de comparação, a cidade do Rio de Janeiro tem 1.200 km². Isso significa que o total desmatado equivale a 93% do total da área da capital.

Os dados do Inpe revelam que até o momento foram destruídos 3.971 km² nesse ano. No primeiro trimestre do ano, 940 km² de área foi desmatada. No segundo trimestre, o desflorestamento triplicou, atingiu a marca de 3.031 km².

Um dos fatores que favorecem o aumento do desmatamento ilegal é a falta de punição. De acordo com estudo realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente (Imazon), apenas 8% das ações do Amazônia Protege, programa do MPF que combate ações irregulares na região, resultaram em condenação aos desmatadores.

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Recentemente, outro relatório do Inpe apontou que o número de focos registrados de queimadas na região foram os maiores em quinze anos para o mês de junho.

O que é Amazônia Legal?

A Amazônia Legal corresponde à área de 5.015.067,75 km², que foi estabelecida por lei em 2007. A superfície está presente em nove estados brasileiros (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão) e cobre aproximadamente 58,9% de todo o território brasileiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

(Foto de topo: Reprodução/Wikimedia Commons)

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