Microplásticos encontrados nas nuvens podem afetar o clima e as temperaturas globais
Créditos da imagem: Canva

Microplásticos encontrados nas nuvens podem afetar o clima e as temperaturas globais

Os microplásticos já se infiltraram em praticamente todos os lugares da Terra: ar, água, solo, alimentos e até mesmo no sangue. Agora, a lista ganha um novo item: as nuvens.

Pesquisas recentes sugerem que esses microplásticos podem impactar a formação das nuvens e, consequentemente, o clima. Um time de cientistas da Universidade de Shandong, na China, coletou amostras de água das nuvens no topo do Monte Tai, descobrindo microplásticos em 24 das 28 amostras. Entre eles estavam tereftalato de polietileno (PET), polipropileno, polietileno e poliestireno – partículas comuns encontradas em fibras sintéticas, roupas, têxteis, embalagens e máscaras faciais.

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Em um artigo publicado na Environmental Science and Technology Letters, os pesquisadores afirmaram: “Esta descoberta oferece evidências significativas da presença abundante de microplásticos nas nuvens”.

Anteriormente, um estudo realizado no Japão neste ano detectou microplásticos no Monte Fuji e no Monte Oyama, sugerindo que essas partículas podem ter origem nos plásticos dos oceanos, sendo transportadas pelo ar. A concentração de microplásticos na água das nuvens do Monte Tai era até 70 vezes maior do que nas nuvens das montanhas japonesas.

A formação de nuvens tem um impacto significativo não apenas nos padrões climáticos locais, mas também na temperatura global. As nuvens afetam o clima de várias maneiras, desde a produção de precipitação e neve até o bloqueio da luz solar para resfriar a superfície do planeta e fornecer sombra ao solo. No entanto, também podem reter calor e umidade, aquecendo o ar posteriormente.

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