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Créditos da imagem: Canva

Militares dos EUA e do Reino Unido devem US$ 111 bilhões em reparações climáticas, revela estudo

Os militares dos Estados Unidos e do Reino Unido devem pelo menos 111 bilhões de dólares em reparações às comunidades mais prejudicadas pela poluição que provoca o aquecimento do planeta, calculou um estudo inédito.

A investigação utiliza um quadro de “custo social do carbono” – uma forma de estimar o custo, em dólares, dos danos climáticos causados ​​por cada tonelada adicional de carbono na atmosfera.

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De acordo com o relatório – publicado pelo thinktank Common Wealth, com sede no Reino Unido, e pelo Climate and Community Project, com sede nos EUA – os dois grupos militares geraram pelo menos 430 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono (CO2) desde o Acordo de Paris, de 2015. Isso é mais do que o total de emissões de gases com efeito de estufa produzidos no Reino Unido no ano passado.

Para oferecer uma compensação mínima pelos danos causados ​​por essas emissões, os militares dos EUA deveriam oferecer 106 bilhões de dólares em financiamento climático internacional, enquanto os militares do Reino Unido deveriam oferecer 5 bilhões de dólares, escrevem os investigadores, utilizando uma equação elaborada por um investigador da Universidade de Columbia em 2021.

Os cientistas alertam, ainda, que o impacto ambiental causado pelos militares dos EUA e do Reino Unido vai muito além do aquecimento gerado pelas emissões de gases com efeito de estufa, já que o custo social do carbono não leva em conta os impactos na saúde das comunidades próximas das atividades militares.

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O enorme impacto ambiental das forças armadas

Os militares estão entre os maiores contribuintes mundiais para a crise climática, sendo responsáveis ​​por 5,5% de todas as emissões globais de gases com efeito de estufa, concluiu uma estimativa de 2022 de especialistas internacionais.

Os investigadores do novo estudo disseram que se concentraram nas forças armadas dos EUA e do Reino Unido especificamente porque têm sido “arquitetos da moderna economia de combustíveis fósseis” desde a Revolução Industrial.

Reparando as contribuições

O relatório recomenda que os dois países contribuam com um montante combinado de 111 bilhões de dólares para um fundo – governado de forma independente – destinado aos países mais atingidos pelos efeitos da crise climática.

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