Mudanças climáticas alimentaram onda de incêndios no Canadá, aponta estudo

As condições que levaram ao recorde de incêndios registrado no Canadá em 2023 e que resultaram, também, em partes dos Estados Unidos e do Canadá cobertas por fumaça tóxica, foram pelo menos duas vezes mais prováveis ​​devido à crise climática causada pelo homem, aponta uma análise científica publicada nesta terça-feira (22).

A temporada de incêndios florestais canadenses de 2023 foi a maior e mais devastadora já registrada, com quase 14 milhões de hectares (34 milhões de acres) queimados, uma área maior que a Grécia. A extensão desses incêndios, mais que o dobro do tamanho do recorde anterior, causou mais de uma dúzia de mortes e milhares de evacuações, e enviou uma nuvem de fumaça que se espalhou até a Noruega e, por um tempo em junho, tornou o céu de Nova York laranja.

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Os cientistas já analisaram as condições que causaram os incêndios na província canadense de Quebec entre maio e julho e descobriram que a crise climática, impulsionada pela queima de combustíveis fósseis, os tornava pelo menos duas vezes mais prováveis e 20% mais intensos.

O estudo de atribuição, conduzido por uma coalizão de cientistas no Canadá, Reino Unido e Holanda, descobriu que, embora as condições climáticas propensas a incêndios não tenham precedentes, elas não são mais inesperadas e se tornarão mais comuns à medida que o mundo continuar esquentando.

O novo estudo analisou o índice climático de incêndios, uma métrica que mede o risco de incêndio florestal por meio de uma combinação de temperatura, velocidade do vento, umidade e precipitação.

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