Tutores de cães que morreram ou foram internados após comer um petisco da Bassar Pet Food continuam se mobilizando na busca por reparação e justiça. Ao que tudo indica, este pode ser o maior caso de intoxicação de animais da história do Brasil.
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“Há relatos de casos de internação com as mesmas características por quase todo o país. Já são mais de 80 casos citados nosso Grupo de WhatsApp, a maior concentração em São Paulo”, conta Ana Paula Pascoaletto, coordenadora de marketing e uma das criadoras do grupo virtual de vítimas dessa tragédia.
Separamos aqui as histórias de dois cãezinhos vítimas de intoxicação. Você pode ler e ouvir os relatos das tutoras.
Catarina, 6 anos
Imagens de arquivo pessoal
Catarina, a Chihuahua da advogada Maria Luísa Trevisan, foi uma das vítimas fatais da contaminação de petisco. Ela passou por duas paradas cardíacas, foi entubada e precisou passar por eutanásia.
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A outra cachorrinha da família, Helena (a branquinha), havia ingerido o mesmo petisco, passou mal, mas conseguiu resistir. Malu conta que o animalzinho tem sentido a ausência da “pequenininha”. A filha de Malu, de 2 anos, também está sofrendo de saudades do animal que se foi.
“Tá sendo tudo muito difícil. A Catarina era jovem, saudável, companheira da minha mãe, que está sofrendo muito. Tiraram a vida da minha cachorra. É muito difícil aceitar”.
Otto, 10 anos
Otto, um maltês saudável de 10 anos, foi um dos três cães de Ana Paula Pascoaletto a comer o petisco da Bassar Food. O cãozinho – de porte pequeno – não resistiu aos efeitos da intoxicação e morreu após tentativas dos veterinários de superar os problemas de saúde. Os outros cães, que tinham mais de 20 quilos, não foram tão afetados e estão bem. O caso aconteceu em 31 de março.
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No início dos sintomas, Ana não percebeu a relação do consumo do petisco canino com os problemas renais que apareceram em Otto. “Pensei que havia negligenciado a saúde do meu cachorro”, conta.
Após ver as notícias de cães supostamente intoxicados em Belo Horizonte, pelas redes sociais, a paulistana percebeu que o seu cãozinho também tinha sido uma das vítimas do consumo de snack canino contaminado.
“Meu cachorro partiu há 3 meses e hoje estou revivendo o luto, várias vezes por dia, porque a cada história que o pessoal compartilha é como se estivesse perdendo o Otto de novo”.
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