O governo da Nova Zelândia propôs, nesta terça-feira (11), tributar os gases de efeito estufa que os animais de fazenda produzem ao arrotar e fazer xixi, como parte de um plano para combater as mudanças climáticas. A proposta inclui taxar tanto o metano emitido pelo gado quanto o óxido nitroso emitido principalmente pela urina rica em fertilizantes – que juntos contribuem para cerca de metade das emissões totais do país.
O governo disse que a taxa agrícola seria a primeira do mundo e que os agricultores poderiam recuperar o custo “cobrando mais por produtos ecológicos”.
As emissões criadas pelos sistemas digestivos dos 6,3 milhões de vacas da Nova Zelândia estão entre os maiores problemas ambientais do país. (The Guardian*)
A indústria agrícola da Nova Zelândia é vital para sua economia. Existem apenas 5 milhões de pessoas na Nova Zelândia, mas cerca de 10 milhões de bovinos de corte e leite e 26 milhões de ovelhas.
Quase metade das emissões totais de gases de efeito estufa do país vem da agricultura – principalmente de metano.
No entanto, as emissões da pecuária não haviam sido incluídas anteriormente no esquema de comércio de carbono da Nova Zelândia – o que foi criticado por ativistas que pedem mais para combater o aquecimento global.
De acordo com a proposta, pecuaristas terão que pagar por suas emissões a partir de 2025. O plano também inclui incentivos para agricultores que reduzam as emissões por meio de aditivos alimentares, e o plantio de árvores nas fazendas pode ser usado para compensar as emissões.
O metano é o segundo gás de efeito estufa mais comum depois do dióxido de carbono (CO2), responsável por um terço do aquecimento atual atribuído às atividades humanas. Cada molécula de metano tem um efeito de aquecimento mais poderoso na atmosfera do que cada molécula de CO2, segundo os cientistas.
A produção de metano é parte do processo digestivo normal dos animais. O metano é liberado tanto por arroto dos ruminantes, cerca de 87% das emissões, como pelo ânus, o “pum”, correspondendo a apenas 13% do total liberado.
Na conferência ambiental COP26 do ano passado em Glasgow, os EUA e a União Europeia concordaram em reduzir as emissões do gás em 30% até 2030. Mais de 100 países, incluindo a Nova Zelândia, também aderiram à iniciativa.
Cerca de 40% do metano vem de fontes naturais, como pântanos, mas a maior parte vem de uma série de atividades humanas, como agricultura, pecuária e até lixões.
(com Estadão Conteúdo)
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