ONG lança campanha para prevenir violência sexual contra crianças

No dia do adolescente, comemorado nesta quarta-feira (21), o Centro de Estudos Integrados, Infância, Adolescência e Saúde (CEIIAS), organização não governamental mantenedora da rede ESSE Mundo Digital, lança o projeto #SemAbusos #MaisSaúde.

O principal objetivo da campanha é a produção e divulgação de vídeos e outros materiais para sensibilizar a população sobre violência, abuso e experiências traumáticas, dentro e fora das redes sociais, às quais estão sujeitas as crianças e os adolescentes.

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No Brasil, a cada hora são feitas, em média, 73 denúncias de violações a crianças ou adolescentes, de acordo com dados do Disque 100. Os relatos vão desde agressão física, psicológica e abusos sexuais, até a falta de acesso à alimentação e educação adequadas. Do total de denúncias recebidas pela Safernet em 2019, 61% eram sobre pornografia infantil na internet.

Apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria

O projeto, que tem o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), nasceu a partir de um documento de mesmo nome produzido pelo Grupo de Trabalho (GT) Saúde na Era Digital da entidade. Ele é financiado pela Tides Foundation e pelo Google Community Grants Fund.

“Muitas pessoas não percebem que grande parte do abuso sexual é influenciado pela mídia e também pela mídia digital, quando se banaliza o encontro sexual e se desrespeita o corpo de crianças e adolescentes que estão numa fase de crescimento e desenvolvimento também sexual”, diz a doutora Evelyn Eisenstein, coordenadora do GT Saúde na Era Digital. “Os conteúdos de violência sexual são monetizados nas redes digitais e nas dark webs. Existe uma violência estrutural e intrínseca nesses tipos de conteúdos”, completa.

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Composta por uma pesquisa  sobre comportamentos atuais off-line e on-line para identificação de todas as formas de violência contra adolescentes entre 10 e 18 anos, a campanha também conta com quatro vídeos que serão lançados hoje e têm como alvo educadores, pediatras e outros profissionais de saúde, crianças e adolescentes e o público em geral.

(Agência Brasil)

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