A Mata Atlântica entrou para a lista da ONU de 10 iniciativas de referência em recuperação da natureza graças ao trabalho conjunto do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e pela Rede Trinacional de Restauração da Mata Atlântica, que conta com organizações da Argentina, Brasil e Paraguai.
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O anúncio foi realizado nesta terça-feira (13) durante a 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU (COP15), realizada em Montreal, no Canadá. Juntas, as 10 Iniciativas visam restaurar mais de 68 milhões de hectares — uma área maior que Mianmar, França ou Somália — e criar quase 15 milhões de empregos.
“Centenas de organizações estão ativas no esforço de décadas para proteger e restaurar a floresta nos três países”, destacou a ONU. “Suas iniciativas estão criando corredores de vida selvagem para espécies ameaçadas, como a onça-pintada e o mico-leão-dourado, garantindo o abastecimento de água para as pessoas e a natureza, combatendo e desenvolvendo resiliência às mudanças climáticas e criando milhares de empregos.”
De acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica, integrante das duas redes, a nomeação “reconhece que a restauração é uma atividade que vai além do plantio de árvores, promovendo múltiplos benefícios à natureza e às pessoas, inclusive gerando trabalho e renda”.
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A Mata Atlântica é a floresta mais devastada do Brasil. Ela abrange cerca de 15% do território nacional, em 17 estados. É o lar de 72% dos brasileiros e concentra 80% do PIB nacional. Dela dependem serviços essenciais como abastecimento de água, regulação do clima, agricultura, pesca, energia elétrica e turismo. Hoje, restam apenas 24% da floresta que existia originalmente, sendo que apenas 12,4% são florestas maduras e bem preservadas. (Fundação SOS Mata Atlântica)
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