O custo das mudanças climáticas sobre a sono foi medido por um estudo que concluiu que cada aumento de 1ºC na temperatura noturna dos Estados Unidos refletiu no acréscimo de 110 milhões de noites de sono insuficiente para os cidadãos americanos por ano. A pesquisa do MIT em parceria com a Universidade da Califórnia usou dados coletados por relógios inteligentes de 765 mil participantes em 68 países.
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Pessoas com mais idade apresentaram ciclos de sono mais vulneráveis, segundo os cientistas. Os participantes da pesquisa perderam o dobro de tempo de sono em relação aos mais jovens. As mudanças climáticas também são projetadas de maneira dispare entre a população, aprofundando desigualdades globais. Para grupos de baixa renda, por exemplo, a disponibilidade de dados e investimento em pesquisas semelhantes ainda é limitada.
Prejuízos
A atenção, o raciocínio e outras capacidades cognitivas também foram foco do estudo, que estimou que, até o ano de 2100, as performances desse campo deve ser reduzida pela metade devido a exposição à altas temperaturas. Desde a era pré-industrial, a temperatura média global subiu mais de 1ºC, e a meta estabelecida pelo Acordo de Paris é que o número não ultrapasse 1,5º até 2025. Contudo, a Organização das Nações Unidas alertou recentemente (UOL) que há 50% de chances de este limite ser ultrapassado em 2026.
A privação e piora do sono relacionadas a elevação progressiva das temperaturas não só prejudicam o bem estar e os níveis de produtividade da população, mas se tornam uma problema de saúde pública. Segundo a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido, em 2020 as ondas de calor (INMET) causaram mais de 2 mil mortes. Neste ano, o mesmo evento climático foi amplamente noticiado e têm fragilizado diversos países no Hemisfério Norte.
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