Poder ‘gigantesco’ da indústria da carne bloqueia alternativas verdes, conclui estudo

O poder “gigantesco” das indústrias de carne e laticínios na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos está bloqueando o desenvolvimento de alternativas mais ecológicas, necessárias para enfrentar a crise climática, descobriu um estudo.

A análise de lobby, subsídios e regulamentações mostrou que os pecuaristas na UE receberam 1.200 vezes mais financiamento público do que carne à base de plantas ou grupos de carne cultivada. Nos Estados Unidos, os pecuaristas receberam 800 vezes mais recursos públicos.

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O dinheiro gasto em lobby junto ao governo dos Estados Unidos pelos produtores de carne foi 190 vezes maior do que nas alternativas e três vezes maior na UE. Os pesquisadores também descobriram que quase todas as orientações dietéticas evitavam destacar o impacto ambiental da produção de carne e proibir produtos alternativos usando termos como “leite”.

Cortar o consumo de carne nos países ricos é um passo vital no enfrentamento da crise climática. A produção de gado causa 15% de todas as emissões globais de efeito estufa. Cortar o consumo de carne e laticínios também reduz a poluição, o uso da terra e da água e a destruição das florestas. Os cientistas dizem que é a melhor maneira das pessoas reduzirem seu impacto no planeta.

O estudo, publicado na revista One Earth, analisou as principais políticas agrícolas da UE e dos EUA de 2014 a 2020. A partir desta análise, foi constatado que a quantidade de dinheiro público gasto em alternativas à base de plantas foi de apenas US$ 42 milhões (£ 33 milhões) – 0,1% das 35 bilhões de libras gastas em carne e laticínios.

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