O estudo apontou que as condições climáticas extremas agravam problemas que causam a proliferação de casamentos infantis forçados em ao menos 20 países.
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Em Bangladesh, por exemplo, onde ocorrem há vários anos ondas de calor extremo com duração superior a 30 dias, foi registrado um aumento de 50% nos casamentos forçados de meninas entre 11 e 14 anos.
Segundo o levantamento, secas e inundações foram os desastres mais comuns relacionados, mas outros estudos analisaram o impacto de ciclones e altas temperaturas, entre outros fenômenos meteorológicos.
Smitha Rao, professora de Sociologia da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, que liderou a pesquisa através da análise de quase 20 estudos independentes sobre as alterações climáticas e seus efeitos sociais, salienta que as principais razões para este aumento têm a ver com o sustento familiar.
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A pesquisa destaca que o problema dos casamentos forçados não é exclusivo de áreas vulneráveis, mas ocorre em todos os níveis da sociedade e em todas as partes do mundo. Na América Latina, por exemplo, de acordo com um relatório das Nações Unidas, uma em cada quatro meninas se casa ou entra numa união precoce antes dos 18 anos.
Estudiosos dizem que esse é um efeito colateral das mudanças climáticas: 'O casamento infantil é muitas vezes considerado uma estratégia para reduzir a vulnerabilidade econômica e a insegurança alimentar que uma família enfrenta devido a uma catástrofe' https://t.co/nKBd3CX0pC
— BBC News Brasil (@bbcbrasil) October 3, 2023
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