A produção de biogás no Brasil tem uma projeção de aumento de 15 vezes até 2030, com um potencial de 100 milhões de metros cúbicos diários, segundo a Associação Brasileira de Biogás (Abiogás).
PUBLICIDADE
A central de Toledo, no Paraná, transforma os dejetos de suínos em energia elétrica por meio de biodigestores, reduzindo significativamente as emissões de gases de efeito estufa. O projeto tem capacidade de reduzir até 10 mil toneladas de dióxido de carbono por ano. A unidade instalada em Toledo consegue gerar energia suficiente para abastecer 1,5 mil casas populares.
O Paraná possui um grande potencial para a produção de biogás a partir dos dejetos de animais na pecuária, suinocultura e avicultura. A cidade de Toledo, a maior produtora de carne suína do país, abriga 681 produtores com mais de 1,8 milhão de porcos, gerando milhões de litros de dejetos diariamente.
O setor de biogás tem vantagens significativas, incluindo a produção local, baixa emissão de gases de efeito estufa e melhoria na segurança energética. Além de eletricidade, o biogás pode ser refinado e utilizado como combustível para veículos, substituindo a lenha no setor agroindustrial.
PUBLICIDADE
O modelo de negócios no Paraná envolve a negociação de créditos de energia elétrica com a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a venda de créditos de carbono. A iniciativa é uma parceria entre a Itaipu Binacional, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI-Brasil) e o CIBiogás, com o apoio de diversas instituições, incluindo a Embrapa, a Adapar, a Assuinoeste e a Prefeitura de Toledo.