Veja os destaques do Curto Verde desta quinta-feira (25): relatório constata que a União Europeia reduziu emissões de gases de efeito estufa - setor do transporte foi a exceção; estudo analisa impactos do aquecimento global em comunidades na Mata Atlântica (SP); mudança na calculadora de carbono incorporada na pesquisa "Google Flights" altera cálculo do impacto climático de voos, e a seca que assola a China.
Estudo constatou que o setor do transporte da União Europeia (UE) foi o único que aumentou suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) desde 1990.
O relatório, conduzido pela Agência Ambiental Europeia (EEA*), analisou as emissões de GEE da UE nos últimos 30 anos.
Entre 1990 e 2020, a UE reduziu suas emissões de GEE em 7 dos 8 setores.
O setor de transporte – que incluiu os voos – aumentou em 7% as suas emissões. Já o que mais cortou foi o setor das indústrias de energia – um redução de quase 50%.
A UE prometeu reduzir as emissões em 55% abaixo dos níveis de 1990 até 2030 e ser neutra em relação ao clima até 2050. No ritmo atual de redução, a meta de 2030 não será alcançada.
Diante deste quadro, a Autoridade Ambiental Europeia (EEA) disse que precisará tomar medidas adicionais significativas para cumprir as metas para 2030 e 2050. (euronews.green*)
“Apesar do bom progresso na redução das emissões de gases de efeito estufa, serão necessários esforços substanciais em todos os setores da economia para alcançar uma economia neutra em relação ao clima”, diz o relatório.
Um estudo publicado na revista científica Regional Environmental Change (🚥) analisou os impactos locais da crise climática global em comunidades localizadas na porção de Mata Atlântica no estado de São Paulo.
O resultado foi que 97% das 105 famílias entrevistadas disseram já perceber o aumento da temperatura e outras consequências relevantes das mudanças climáticas como o sumiço de peixes no mar e a falta de chuvas.
Os autores da pesquisa defendem que a discussão sobre como cada região do país é afetada pela mudança no clima é fundamental para a formulação de estratégias de adaptação e de redução de riscos.
“O debate sobre o clima se coloca de forma ampla entre países, com seus acordos e protocolos internacionais, mas sabemos que as mudanças climáticas têm impacto diretamente no bem-estar humano. É como se ainda existisse uma insensibilidade da própria experiência humana nesse contexto, que se debruça sobre fatores climatológicos e serviços ecossistêmicos. Por isso, no artigo, colocamos a lente climática sobre experiências reais, para entender em que extensão as pessoas estão sentindo a mudança ambiental”, afirmou a diretora adjunta de pesquisa no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e autora principal do estudo, Patrícia Pinho. (IPAM)
A maneira como o Google calcula o impacto climático de seus voos mudou, descobriu a BBC. (*)
Em julho, a plataforma decidiu excluir todos os impactos que os voos geram no aquecimento global – exceto a emissão de dióxido de carbono (CO2) – o que gerou a falsa aparência de que eles impactam menos no meio ambiente do que antes.
A mudança afetou a calculadora de carbono incorporada na ferramenta de pesquisa “Google Flights” da empresa.
“O Google eliminou uma grande parte dos impactos climáticos da indústria da aviação de suas páginas”, diz Doug Parr, cientista-chefe do Greenpeace, à BBC.
Os dados atualmente disponibilizados pelo Google podem representar pouco mais da metade do impacto real no clima dos voos, segundo especialistas.
A empresa disse que fez a mudança após consultas com seus “parceiros do setor”.
De acordo com dados oficiais, metade do território da China enfrenta uma seca – incluindo áreas do normalmente gélido planalto do Tibete – em meio a uma onda calor sem precedentes no país.
A área mais afetada, a bacia do rio Yangtze, que vai da província de Sichuan (sudoeste) até Xangai (costa leste), tem quase 370 milhões de habitantes e abriga grandes centros industriais, como a megacidade de Chongqing.
A segunda maior economia do planeta foi muito afetada recentemente por temperaturas recorde, inundações e secas, fenômenos extremos que os cientistas afirmam que serão cada vez mais intensos e frequentes devido à mudança climática.
O sul da China enfrenta a onda de calor mais prolongada desde o início dos registros de dados meteorológicos há mais de 60 anos, informou esta semana o ministério da Agricultura.
Os cientistas afirmam que a intensidade, extensão e duração desta onda de calor podem transformá-la em uma das mais graves do mundo.
(Com AFP)
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