O número é equivalente à população do Reino Unido, França e Alemanha juntos. Cerca de 41 milhões deles são crianças, idosos e pessoas com deficiência, segundo o relatório (🇬🇧). Três quartos das pessoas em maior risco vivem no sudeste da Ásia e na região do Pacífico.
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Pesquisadores da Resource Futures, uma consultoria ambiental, e da Tearfund, uma instituição de caridade internacional, descobriram que comunidades em Camarões, Nigéria, República Democrática do Congo (RDC), Gana, Bangladesh e Indonésia sofreram inundações mais severas nos últimos anos devido ao bloqueio de lixo plástico nos sistemas de drenagem. Nessas comunidades, o lixo plástico era um “multiplicador de risco” para inundações, disseram eles.
Rich Gower, economista sênior e associado de políticas da Tearfund, disse ao The Guardian (*): “Em todo o mundo, do Brasil à RDC, do Malawi a Bangladesh, vemos a poluição por plástico piorando as inundações. Sem uma ação decisiva, esse problema só vai piorar.”
A poluição por resíduos plásticos dobrou na última década e está prevista para triplicar até 2060. Apenas 9% é reciclado globalmente.
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Os pesquisadores instaram os governos – que se reunirão em Paris na próxima semana (🇬🇧) – para iniciar negociações sobre um tratado de plásticos juridicamente vinculativo, a considerar essas comunidades mais afetadas.
Os estudiosos excluíram da pesquisa as comunidades costeiras e os pequenos estados insulares em desenvolvimento, pois é improvável que as inundações costeiras sejam agravadas pelos resíduos plásticos.
Mais de 1 bilhão de pessoas vivem em favelas em todo o mundo, e espera-se que esse número chegue a 3 bilhões até 2050. Os itens de plástico mais comumente observados bloqueando os sistemas de drenagem, segundo o relatório, foram garrafas, fios de náilon da indústria pesqueira, sacolas plásticas e sachês.
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O estudo disse que o acúmulo de poluição plástica pode fazer com que o nível da água suba um metro na primeira hora de uma enchente.
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