Elaborado em 2020 pela prefeitura de Rio Branco em parceria com o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a iniciativa Governos Locais Pela Sustentabilidade para América do Sul, o plano ainda não foi implementado. O documento caracteriza inundações e enchentes como vulnerabilidades de alto risco para o município e calcula que 73% ocorrem nos meses de fevereiro e março.
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Com mais de 20 mil habitantes atingidos pelos impactos do transbordamento do rio Acre e de sete igarapés neste ano, a prefeitura decretou situação de emergência na última sexta-feira (24).
“Rio Branco é a única cidade da Amazônia que tem pronto um plano de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, com diagnósticos específicos e definição de ações prioritárias para lidar com momentos como este que estamos, infelizmente, vivendo. É preciso criar e implementar, com urgência, planos que olhem para além das ações emergenciais, mas também para ações de médio e longo prazo de enfrentamento à mudança do clima em todos os municípios, afinal, é neles que se dá a primeira resposta aos desastres, para que não ocorram mais tragédias que poderiam ter sido evitadas”, avalia Jarlene Gomes, pesquisadora e porta-voz do IPAM em Rio Branco.
O Plano Municipal de Mitigação às Mudanças do Clima de Rio Branco destaca o processo desordenado de ocupação do solo, sem seguimento ao Plano Diretor Municipal, como motivo para a capital ter se tornado uma área de alto risco para inundações e enchentes.
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Entre 1971 e 2019, o estudo detectou que a intensidade das chuvas começa a aumentar a partir do mês de novembro, e que de dezembro a maio o nível do rio Acre pode subir.
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