Superfície do oceano atinge a temperatura mais alta já registrada e deve subir ainda mais

A temperatura média da superfície dos oceanos atingiu o recorde de 20,96ºC esta semana, segundo dados do observatório europeu Copernicus divulgados nesta sexta-feira (4). O aquecimento dos oceanos é um dos resultados do colapso climático causado pela queima de combustíveis fósseis. 🌊

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Isabella Caminoto

Esse pico, que segundo a base de dados ERA5 foi atingido em 30 de julho, superou “o recorde anterior de 20,95ºC de março de 2016”, disse um porta-voz do Copernicus.

Os cientistas dizem que é provável que o recorde continue a ser quebrado, já que geralmente os oceanos estão mais quentes globalmente em março, não em agosto.

É provável que as temperaturas sejam parcialmente impulsionadas pelo fenômeno climático El Niño. No entanto, esses padrões climáticos provavelmente são exacerbados pelo colapso do clima e pelo aquecimento da atmosfera.

Os oceanos regulam o clima, absorvendo o calor, impulsionando os padrões climáticos, atuando como um sumidouro de carbono e proporcionando alívio, pois o ar frio que sopra do mar pode tornar as temperaturas quentes da terra mais suportáveis. No entanto, esses impactos úteis diminuem à medida que os oceanos esquentam, e as águas quentes também têm menos capacidade de absorver dióxido de carbono (CO2), o que significa que haverá mais gases de efeito estufa na atmosfera. O aquecimento dos oceanos também contribui para o derretimento do gelo, o que causa o aumento do nível do mar.

As medições da temperatura da superfície do mar feitas a partir de navios remontam a mais de 150 anos e são alguns dos registros instrumentais mais longos disponíveis para a compreensão do clima. Nos últimos 40 anos, também houve medições disponíveis a partir de satélites e bóias.

A partir desses dados, os cientistas descobriram que durante todo o período dos registros, a temperatura média global da superfície do mar aumentou cerca de 0,9°C e que o aumento nas últimas quatro décadas foi de cerca de 0,6°C. A última média de cinco anos está cerca de 0,2°C acima da média entre 1991 e 2020.

Algumas das áreas de aquecimento mais rápido são partes do Oceano Ártico, Mar Báltico, Mar Negro e partes do Pacífico extratropical.

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Isabella Caminoto

Advogada e mestranda em Direito Internacional, tenho a democracia e a liberdade como bandeiras irrenunciáveis. Sou apaixonada pelos animais e acredito que o bem-estar do nosso planeta deveria ser o destaque diário da pauta da nossa sociedade.

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