Veja os destaques do Curto Verde desta quarta-feira (26): Zara entra no mercado de revenda com serviço de usados, para reduzir sua pegada de carbono; empresas exigem que as divulgações de impacto na natureza sejam obrigatórias até 2030; ONU adverte que os compromissos climáticos estão muito longe de limitar o aquecimento global; e a Lupo já conseguiu reduzir 90% do uso de papel em suas embalagens.
A loja Zara está ajudando seus compradores do Reino Unido a revender, consertar ou doar roupas adquiridas da cadeia de moda espanhola em um esforço para reduzir seu impacto ambiental.
Os consumidores britânicos podem agendar reparos e doar itens indesejados, em uma iniciativa que visa reduzir a pegada de carbono.
O serviço de usados será lançado em 3 de novembro. A Zara disse que o Reino Unido foi escolhido como mercado de teste, mas, se for bem-sucedido, o serviço provavelmente será estendido a outros mercados-chave.
Mais de 300 empresas, entre elas a Vale e Nestlé, pediram aos líderes mundiais que tornem obrigatório que as empresas avaliem e revelem seu impacto na natureza até 2030.
Em uma carta aberta aos chefes de Estado (*), os líderes empresariais solicitam que os governos concordem com as divulgações na COP15 – a Conferência sobre Biodiversidade da ONU – que será realizada em Montreal em dezembro.
Se acordado, o compromisso se aplicaria a todas as grandes empresas dos 196 países signatários da Convenção sobre Diversidade Biológica (Ministério do Meio Ambiente), o acordo global sobre proteção da natureza, ratificada no Brasil pelo Decreto Federal nº 2.519 de 16 de março de 1998.
A carta aberta foi divulgada juntamente com um relatório (*) publicado pela Business for Nature, Capitals Coalition e CDP, uma organização sem fins lucrativos especializada em sistemas de divulgação ambiental. “Eles sabem que não pode haver negócios em um planeta morto”, diz o relatório. “Eles estão prontos para transformar seus negócios e estão pedindo aos governos que estabeleçam as regras do jogo por meio de uma legislação que crie uma concorrência justa para os negócios”.
Os compromissos internacionais mais recentes sobre o clima estão muito longe de responder ao objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a +1,5 grau Celsius, advertiu nesta quarta-feira (26) a Organização das Nações Unidas (ONU), a menos de duas semanas da COP27.
Distante de limitar o aumento da temperatura a +1,5ºC ou +2ºC, as duas marcas emblemáticas do tratado, os planos de redução das emissões de gases do efeito estufa das 193 partes signatárias “podem colocar o mundo no caminho de um aquecimento de +2,5 ºC até o fim do século“, alerta a agência da ONU.
Na COP26, celebrada em 2021 em Glasgow, os signatários do acordo se comprometeram a aumentar a cada ano suas “contribuições determinadas a nível nacional” (NDC), em vez de a cada 5 anos, como estava previsto no acordo assinado em 2015.
Mas em 23 de dezembro, data limite para a inclusão das novas metas antes da COP27 – que acontecerá de 6 a 18 de novembro na cidade egípcia de Sharm el Sheikh – apenas 24 países haviam apresentado um NDC novo ou ampliado.
Um número “decepcionante”, admitiu Simon Stiell, secretário executivo da ONU para Mudanças Climáticas.
“Ainda não estamos nem perto do nível e do ritmo das reduções de emissões necessárias para nos colocar no caminho de um mundo de +1,5 grau Celsius de aumento máximo da temperatura”, destacou Stiel. “Para manter vivo o objetivo, os governos devem reforçar os planos agora e aplicá-los nos próximos oito anos”, insistiu.
De acordo com especialistas das Nações Unidas, as emissões mundiais devem registrar queda de 45% até 2030, na comparação com os níveis de 2010.
Isto permitiria cumprir o objetivo estabelecido em relação às temperaturas médias da era pré-industrial, quando a humanidade começou a explorar em larga escala as energias fósseis, que produzem os gases do efeito estufa responsáveis pelo aquecimento.
Mas o novo resumo das NDC calcula que, no entanto, os compromissos atuais levariam a um aumento de 10,6% das emissões durante o período.
A poucos dias do início da COP27, onde milhares de delegados e mais de 90 líderes de todo o mundo, segundo o governo do Egito, analisarão o futuro climático do planeta, a publicação é um novo alerta.
A Lupo vem traçando metas em prol da sustentabilidade. Entre as diversas iniciativas já existentes, como reutilização de água e processos de tingimento com maior eficiência, além de máquinas tecnológicas que ajudam a reduzir o consumo de água durante a produção, agora a marca vem alterando as embalagens de seus produtos, resultando em uma redução de 90% de papel.
Inicialmente, a mudança das embalagens começou com a linha de cuecas sem costura e, agora, também já está presente nos produtos da marca Lupo Sport. Em breve, a novidade será estendida para todas as demais linhas de produtos da empresa.
As peças com a nova embalagem já estão em circulação nas lojas e no e-commerce da Lupo. Para mais informações, basta acessar o último relatório de sustentabilidade, divulgado no site da marca.
(com AFP)
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