Os advogados do homem mais rico do mundo voltaram a exigir acesso a mais dados sobre as contas falsas ou automatizadas no Twitter, pilar dos argumentos de Musk para não concluir a compra da plataforma.
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Eles acreditam que o Twitter está pedindo informações demais sobre as relações de Musk com Peiter Zatko, ex-chefe de segurança da rede social que agora acusa sua ex-empresa de esconder vulnerabilidades informáticas e mentir sobre o combate contra contas falsas.
No início de julho, o grupo sediado em San Francisco abriu um processo contra Musk para forçá-lo a cumprir o acordo de aquisição assinado no final de abril.
Segundo o conselho de administração, a proporção de contas falsas na plataforma é um pretexto usado pelo empresário, que na realidade teria mudado de ideia ao ver a queda do valor da empresa na bolsa nos últimos meses.
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Os advogados do Twitter rejeitaram as acusações de que estavam abusando do privilégio advogado-cliente para reter certos documentos.
Eles devem interrogar o magnata em um depoimento a portas fechadas remarcado para 6 e 7 de outubro, de acordo com várias reportagens da imprensa.
O julgamento está previsto para começar em 17 de outubro em um tribunal especializado no estado de Delaware, na costa leste dos Estados Unidos, e durará cinco dias.
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O mercado vê o Twitter em vantagem no julgamento, pois a lei de Delaware é a priori favorável ao cumprimento de contratos. E a juíza que preside o caso, Kathaleen McCormick, concedeu à empresa um julgamento rápido, enquanto o bilionário queria esperar até o próximo ano e exigia quantidades astronômicas de dados do Twitter para embasar sua argumentação.
Mas a intervenção surpresa de Zatko acrescentou uma nova dimensão ao caso, pois a juíza permitiu que Musk incluísse as novas alegações em seus argumentos.
A batalha judicial pode levar a “um acordo, o pagamento de taxas de quebra de contrato, a obrigação de comprar o Twitter conforme planejado e uma infinidade de outros resultados”, disse Dan Ives, da Wedbush Securities, em nota nesta terça-feira.
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O analista também continua acreditando que “é possível que as partes negociem nos bastidores”.
(com AFP)