O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou em entrevista coletiva que o governo chinês “nunca pediu e não pedirá a empresas ou indivíduos que coletem ou entreguem dados de países estrangeiros de uma forma que viole a lei local”.
PUBLICIDADE
A China rechaçou as alegações de espionagem via TikTok dizendo que “atribui grande importância à proteção de dados privados”.
“O governo dos EUA não apresentou nenhuma evidência de que o TikTok represente uma ameaça à segurança nacional, mas repetiu presunções de culpa e ataques inaceitáveis” contra a empresa, disse a porta-voz. “Também observamos que alguns no Congresso dos Estados Unidos declararam que tentar banir o TikTok representava perseguição política xenófoba”, insistiu.
Interrogatório
O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, foi interrogado na quinta-feira (23) por congressistas republicanos e democratas dos EUA, que temem espionagem e coleta de dados pelo governo chinês pelo aplicativo de vídeos.
PUBLICIDADE
Chew reconheceu que alguns dados pessoais dos americanos ainda estavam sujeitos à lei chinesa, mas insistiu que isso mudará em breve. O CEO prometeu que até o final do ano todas as informações ligadas aos 150 milhões de usuários norte-americanos seriam gerenciadas exclusivamente por servidores do grupo americano Oracle.
A Casa Branca, a Comissão Europeia, os governos canadense e britânico, além de outras organizações também proibiram recentemente seus funcionários de usarem o TikTok em aparelhos utilizados para fins profissionais.
A polêmica está focada em uma lei chinesa de 2017, que exige que empresas nacionais forneçam dados pessoais relevantes para a segurança nacional às autoridades que os solicitarem.
PUBLICIDADE
O TikTok, que ganhou popularidade durante a pandemia de covid-19, atualmente registra mais de um bilhão de usuários ativos em todo o mundo.
Nos últimos anos, ultrapassou YouTube, Twitter, Instagram e Facebook em “tempo gasto” por adultos americanos em cada plataforma e está muito próximo de alcançar a Netflix, de acordo com a empresa Insider Intelligence.
(Fonte: AFP)
Leia também: