A Worklover, criada pela empreendedora Paula Esteves, trouxe uma solução inovadora para capacitar micro e pequenos empresários brasileiros, especialmente mulheres em situação de vulnerabilidade. A integração da inteligência artificial (IA) ao processo de aprendizagem - por meio de uma plataforma de vídeo aulas - possibilita a criação de planos de negócios personalizados, promovendo maior segurança e sucesso para os negócios dos alunos.
Cerca de 76% das microempresas brasileiras quebram no primeiro ano de vida, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Cidade de São Paulo. E a falta de educação empreendedora é um dos motivos para pequenos e médios negócios não prosperarem.
Foi pensando em resolver esse problema que a empresária e empreendedora Paula Esteves (41), CEO e fundadora da Worklover, foi em busca de soluções para capacitar quem tem o sonho de montar seu próprio negócio.
A ideia de construir a edtech surgiu depois que a empresária – com uma carreira consolidada em empresas e consultorias nacionais e internacionais – esteve entre a vida e a morte por uma complicação cirúrgica, que a fez buscar por um propósito. Nessa busca ela percebeu que poderia, com a experiência nos negócios, ajudar mulheres das periferias e favelas a se tornarem empreendedoras de sucesso.
Paula começou a atuar em comunidades carentes de forma voluntária e testemunhou a realidade de empreendedoras – cabeleireiras, esteticistas, cozinheiras … – quebrando seus negócios por falta de conhecimento básico sobre gestão empresarial.
“Elas tinham dificuldades em entender informações essenciais sobre seus negócios, como lucros, capital de giro e estratégias para um crescimento sustentável. Misturavam as contas pessoais com as da empresa, precificavam de forma errada, adiantavam o cartão de crédito…”, exemplifica Paula. “Então elas precisavam se organizar melhor, para sonhar e ir além. Essas mulheres têm direito a isso, mas não sabem como fazer. Era preciso educar essas mulheres para atingirem seus objetivos e manterem seus negócios saudáveis”.
Com base nessa percepção, a empresária desenvolveu uma metodologia própria chamada de “Método P”, dividido em 12 passos, que oferecem aos empreendedores todo o conteúdo essencial sobre gestão empresarial. Criou, em cima disso, uma plataforma para educação financeira e empreendedora com uma série de vídeo aulas.
“Mas, como pegar essa empreendedora pelas mãos e ajudá-la a buscar crédito e manter seu negócio saudável?”, se perguntava Paula. Foi daí que surgiu a ideia de unir o “Método P” e a tecnologia, para criar a startup capaz de ensinar e, ao mesmo tempo, desenvolver um plano que garantisse uma jornada segura e previsível às alunas, sem comprometer suas economias .
Paula passou a circular nos espaços de tecnologia e buscar parceiras que pudessem colocar seus planos em prática. Encontrou a Space, que desenvolveu, junto com a empresária, uma solução de inteligência artificial específica para a plataforma Worklover.
Funciona assim: ao assistir às aulas, as empreendedoras preenchem um formulário com questões relevantes para um projeto prosperar. A inteligência artificial pausa automaticamente o vídeo quando é necessário responder uma pergunta, proporcionando uma experiência interativa, como se um professor estivesse ao lado do aluno. Ao final do curso, com base nas respostas, a IA constrói, automaticamente, um plano de negócios específico e adaptado à metodologia desenvolvida por Paula Esteves.
“A IA pega essas informações, cruza os dados e transforma num plano de negócios redondinho”, explica Paula. “O empreendedor pode, então, utilizar esse plano para buscar crédito e manter sua empresa saudável”.
“De acordo com o SEBRAE, a falta de um bom plano de negócios é o segundo maior motivo para o fracasso das empresas, seguido pela falta de capacitação”, destaca Paula, argumentando que a tecnologia contida na Worklover – única plataforma de cursos a usar esse tipo de IA no Brasil – reduz consideravelmente a probabilidade de erros na elaboração de planos de negócios, oferecendo aos empreendedores uma base sólida para suas estratégias.
“Nossa plataforma faz as duas coisas, capacita e oferece um plano de negócios bem elaborado”, afirma Paula. “Já formamos de 2,5 mil empreendedores e, desses negócios, a taxa de mortalidade caiu para 7%”, conta.
A metodologia e tecnologia oferecida pela edtech atraiu parceiros importante como a Microsoft, o G10 Bank, o Cate da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Cidade de São Paulo, o Banco do Povo e Justa (maquininhas de cartão).
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