Em que pé está a operação entre Musk e Twitter?
Em abril, Elon Musk propôs comprar a rede social a US$ 54,20 por ação. Meses depois, o bilionário suspendeu a compra após o Twitter revelar, em um balanço financeiro, que inflou a quantidade de usuários da plataforma. A rede social abriu um processo para forçá-lo a honrar seu compromisso, e parecia que tinha chances de vencer na Justiça.
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Agora, na última segunda-feira (3), Musk teria enviado uma carta ao Twitter retomando a ideia da compra pelo preço acordado inicialmente com o conselho da empresa.
“É um sinal claro de que Musk reconhece que suas chances de vencer o conselho (do Twitter) em um tribunal de Delaware são muito pequenas, e que a compra por US$ 44 bilhões acontecerá de uma forma ou de outra”, avaliou o analista Dan Ives, da Wedbush Securities.
Por que ocorreu uma mudança de posicionamento de Musk?
Juristas sustentam que Elon Musk simplesmente se deu conta de que não venceria o julgamento, já que não conseguia sustentar de forma coerente seu principal argumento para anular o acordo: a presença maior que a apontada pela rede social de contas falsas e automáticas no Twitter.
Qual é a situação econômica do Twitter no atual momento?
As ações da plataforma subiram 22% na terça-feira (4), depois da mudança de parecer de Musk ser divulgada – mas a empresa não está em seu melhor momento.
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Assim como outros gigantes do setor, o Twitter tem sofrido com a redução dos gastos publicitários em um contexto de resfriamento da economia, e sua imagem foi afetada pelas turbulências e a incerteza em torno do interesse de Musk em comprá-la. O grupo registrou uma queda em seu faturamento de 1% no segundo trimestre.
Como seria o Twitter com Musk no comando?
Elon Musk se apresenta como um defensor fervoroso da liberdade de expressão e já afirmou que pretende deixar os internautas se expressarem como acharem conveniente, desde que não infrinjam a lei.
Também se disse partidário a cancelar a suspensão da conta do ex-presidente americano Donald Trump no Twitter, decidida pela empresa depois da invasão ao Capitólio, em janeiro de 2021.
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(Com AFP)