Créditos da imagem: Getty Images via AFP

Meta pedirá consentimento de usuários para publicidade direcionada na UE

Meta, a empresa à frente do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta terça-feira (1) que solicitará o consentimento formal de seus usuários na União Europeia (UE) para usar seus dados para publicidade direcionada.

“Hoje, anunciamos nossa intenção de modificar a base jurídica que usamos para processar alguns dados com fins de publicidade personalizada para as pessoas” na União Europeia, Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, afirmou o grupo americano em seu blog.

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“Não há impacto imediato em nossos serviços na região. Uma vez ativada essa mudança, os anunciantes poderão continuar realizando campanhas publicitárias personalizadas para alcançar clientes em potencial”, assegurou, após um impasse com o órgão regulador de privacidade na Irlanda, onde a empresa tem sua sede europeia.

A nova disposição busca responder à “evolução das exigências regulatórias”, acrescentou.

A comissão irlandesa de proteção de dados multou a Meta em janeiro em 390 milhões de euros (2,12 bilhões de reais, na cotação da época) por violar o regulamento europeu de proteção de dados.

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Além disso, a Meta se viu privada da base jurídica na qual se apoiava para coletar, armazenar e analisar dados de centenas de milhões de usuários europeus sem solicitar formalmente seu consentimento.

A decisão do regulador irlandês obriga a empresa californiana a obter uma autorização formal de seus usuários para propor publicidade direcionada.

Atualmente, essa autorização é ativada por padrão, o que permite à Meta gerar anúncios extremamente personalizados e muito lucrativos.

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A Europa representa um mercado-chave para a Meta. No final de 2022, o Facebook tinha cerca de 300 milhões de usuários diários ativos no continente, entre o total global de 2 bilhões. Os europeus geram cerca de um quinto da receita publicitária do grupo.

Nos últimos anos, vários gigantes americanos da internet foram afetados por multas substanciais por suas práticas comerciais na UE e agora precisam se adaptar para cumprir a rigorosa regulamentação europeia de privacidade de dados.

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