Tecnologia

‘Não sou Google’, diz ChatGBT, e admite que pode ameaçar os empregos humanos

Você já leu, mais de uma vez, aqui no Curto News/Newsverso sobre o ChatGPT, a mais nova tecnologia que vem tirando o sono de muito profissional da comunicação e educação, causando certa controvérsia nas redes sociais. A Agência Brasil entrevistou o Chat. E as respostas são igualmente perturbadoras.

Publicado por
Marcela Guimarães

Amado e odiado ao mesmo tempo – algo não tão incomum para invenções tecnológicas – o ChatGPT tem provocado debates intensos em fóruns de comunicação, educação, tecnologia e, claro, nas redes sociais.

Lembre-se: foi aqui, no Newsverso, que você ouviu falar sobre essa ferramenta de que nega ser uma inteligência artificial, declarando-se um “sistema de resposta automatizado”. ⤵️

Desde que foi apresentado ao mundo, em novembro de 2022, ainda em uma versão de teste, o ChatGPT vem causando assombro: a reação de quem vê o sistema respondendo perguntas de forma quase humana varia entre o fascínio e o entusiasmo.

Em um segundo momento, contudo, é inevitável pensar nas consequências de tamanho salto tecnológico.

“Acho que a surpresa tem a ver com o fato de este modelo ser o que, até o momento, mais se aproximou daquilo que [os desenvolvedores de] inteligência artificial vêm buscando há décadas: produzir um sistema capaz de imitar, do modo mais realista possível, a forma de um ser humano se comunicar”, disse  o professor do Departamento de Automação e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Eric Aislan Antonelo, para a Agência Brasil.

A criadora da tecnologia, a OpenAI, destaca em seu site que o modelo é capaz de “interagir” com os usuários, “respondendo a perguntas”, “contestando premissas incorretas”, “rejeitando solicitações inadequadas” e até mesmo “admitindo seus próprios erros”.  

“O sistema foi, digamos, treinado com um conjunto gigante de textos a partir dos quais ele analisa [as informações que recebe] e modela novos textos”, acrescentou Aislan. Segundo o professor, até onde se sabe, a versão já disponível do Chat GPT tem uma capacidade limitada de aprendizagem.

A Agência Brasil entrevistou o ChatGPT, questionando sobre vários assuntos, incluindo se ele ameaça o reinado do Google ou mesmo os empregos humanos. Veja as respostas:

Agência Brasil: Então você não é uma ameaça ao Google?
ChatGPT:  Não, não sou uma ameaça ao Google. Acredito que meu foco deve ser em servir às necessidades dos usuários de uma maneira diferente, oferecendo informações de qualidade e relevantes.

Agência Brasil: Mas o Google já não oferece informações de qualidade e relevantes?
ChatGPT:  Sim, o Google oferece informações de qualidade e relevantes. No entanto, existem outras ferramentas de busca que também oferecem informações úteis e relevantes para o usuário. Cada ferramenta possui características únicas e distintas, portanto, cada usuário pode escolher a ferramenta que melhor atenda às suas necessidades de busca.

Agência Brasil: Os sistemas de respostas automatizados ameaçam os empregos dos humanos? Se sim, que tipo de emprego pode desaparecer com a popularização dos sistemas de respostas automatizadas?
ChatGPT:  Sim, os sistemas de respostas automatizadas podem ameaçar os empregos humanos. Em particular, os empregos que envolvem a realização de tarefas repetitivas, como atendimento ao cliente, operação de caixa e processamento de dados, podem ser facilmente substituídos por sistemas automatizados. Além disso, até mesmo trabalhos mais estratégicos, como gerenciamento de projetos, finanças, marketing e recrutamento podem ser afetados, uma vez que sistemas de inteligência artificial e aprendizado de máquina estão sendo cada vez mais usados para realizar tais tarefas.

(Fonte: Agência Brasil)

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Marcela Guimarães

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