Essa discussão não é antiga, ao menos no ambiente acadêmico. E em meio às discussões no Brasil de uma lei para regular as Big Techs e suas plataformas poderosas para “integrar” a sociedade no ambiente virtual, esse debate ganha ainda mais relevância.
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Felipe Neto traz para os holofotes algo que os pesquisadores vêm alertando ao menos desde 2010: a exposição à esse looping de autoplays pode:
- viciar;
- causar depressão e ansiedade;
- coletar dados pessoas sem o “real” – e consciente – consentimento;
- trazer problemas para a segurança dos dados e vigilância das suas ações;
- ter enorme potencial para radicalização e polarização da sociedade.
Estão aqui algumas fontes usadas no artigo:
iGen: Por que as crianças de hoje estão crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, menos felizes e completamente despreparadas para vida adulta – livro de Jean M. Twenge
- O Wall Street Journal revelou memorandos internos da Meta (empresa dona do Facebook): “32% das adolescentes femininas disseram que quando elas se sentiam mal com seus corpos, o Instagram as fazia sentir pior. Dentre adolescentes que registraram pensamentos suicidas, 13% dos usuários britânicos associaram o desejo de se matar ao Instagram”.
Who’s Raising the Kids?: Big Tech, Big Business, and the Lives of Children – livro de da psicóloga Susan Linn : “Tecnologias são problemáticas quando priorizam os lucros em detrimento da saúde e bem-estar dos indivíduos e da sociedade. Contudo, nenhuma análise independente do potencial de danos e benefícios de produtos tecnológicos é requerida antes deles irem para o mercado”.
Nação dopamina: Por que o excesso de prazer está nos deixando infelizes e o que podemos fazer para mudar – livro da Dra. Anna Lembke : “Os cientistas consideram a dopamina como uma espécie de moeda corrente universal para a avaliação do potencial adictivo (viciante) de qualquer substância. Quanto mais dopamina no sistema de recompensa do cérebro, mais adictiva é a experiência”.
- Há ainda, o caso da Cambridge Analytica, que foi usada pela Meta e é investigada por manipulação nas eleições de Donald Trump nos EUA: Cambridge Analytica se declara culpada em caso de uso de dados do Facebook (g1)
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