Assim como o Twitter, o Mastodon funciona como um espaço para microblogging, em que usuários compartilham vídeos, imagens e textos (de no máximo 500 caracteres) em uma linha do tempo.
Recheadas de hashtags e memes, as linhas do tempo das duas plataforma podem ser bastante similares. Mas, segundo os fãs do Mastodon, seus diferenciais são vários. Vamos aos principais:
DESCENTRALIZAÇÃO
- O Mastodon é operado por milhares de servidores de computador.
- Estes servidores são, em grande parte, administrados por voluntários que se unem em federações, ou seja, comunidades.
- As comunidades são formadas a partir de interesses próprios. Veja alguns dos exemplos de comunidades:
General: assuntos gerais
Regionais: voltada para socializar pessoas de determinado local
Tech: para discutir assuntos tecnológicos
LGBT: para unir as pessoas LGBTQIA+
Activism: dedicado a temas sociais
Games: para falar sobre projetos de jogos
Art: para compartilhar criações artísticas
Music: para amantes da música
Furry: para debater sobre bichos de estimação
Food: amantes da boa comida se encontram aqui
Humor: piadas, memes e coisas engraçadas
Fonte: CanalTech
- “Em vez de um único site, é uma rede de milhões de usuários em comunidades independentes que podem interagir uns com os outros, sem problemas. Não importa o que você gosta, você pode conhecer pessoas apaixonadas postando sobre isso”. Assim se define a aplicação na AppleStore.
Os usuários do Twitter pulam para o Mastodon – mas o que é isso? (BBC)*
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INDEPENDÊNCIA
Enquanto o Facebook e o Twitter são controlados por uma empresa e existem em uma única plataforma, o Mastodon é uma espécie de rede aberta, de propriedade coletiva. Ou seja, ele não é “uma coisa” e nem pertence a um ou outro grupo ou pessoal.
AUTONOMIA
No Twitter, todos os usuários utilizam e dependem do mesmo serviço. Isto significa que decisões são tomadas de cima para baixo: uma autoridade, pessoa ou empresa pode impor vontades sobre os demais. Caso o sistema seja fechado, todos seriam afetados, por exemplo.
No Mastodonte, a ponte serviço-usuário é mais fragmentada. Usuários decidem escolher seu próprio provedor ou então executar sua própria instância, da mesma maneira que internautas podem escolher serviços como o Gmail ou então um servidor próprio para enviar e receber emails. Assim, seria impossível que uma ou poucas vozes extremistas falassem mais alto que a maioria, pois ela seria rapidamente isolada por grupos e usuários. Leia mais sobre no Yahoo!
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Uma chuva de polêmicas caiu sobre o Twitter depois que Elon Musk assumiu a empresa na semana passada. A onda de insatisfeitos com Musk critica, em especial, as mudanças nas políticas de moderação de conteúdo feitas pelo empresário, que se descreve como ‘absolutista da liberdade de expressão’.
Alguns usuários não ficaram satisfeitos em debater calorosamente a “nova direção” na rede. Desde abril* deste ano, a hashtag #LeaveTwitter já era levantada em campanha pelo abandono da rede em protesto a Musk. Os opositores vêm sua chegada como uma derrota para o combate a discursos de ódio e outros crimes digitais.
Briga de gente grande
Segundo o programador e fundador Rochko, a Mastodon atingiu 1.028.362 usuários ativos mensais nesta segunda (07), patamar muito aquém das grandes rivais. De acordo com a Reuters, o Twitter tem 238 milhões de usuários ativos diários. O Facebook afirma ter 1,98 bilhão de usuários ativos por dia.
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Mas Eugen Rochko deveria imaginar que não se tratava de uma mudança do dia para a noite. O jovem começou o Mastodon quando circularam os primeiros boatos de que o fundador do PayPal e aliado de Musk, Peter Thiel, queria comprar o Twitter. Agora, a rede de Rochko se autoproclama “a maior rede descentralizada da internet”.
Na Alemanha, onde a opção tem crescido, o comissário de proteção de dados da Alemanha está fazendo uma campanha para que órgãos governamentais fechem suas páginas no Facebook. O argumento é de que as regras da rede entram em conflito com as leis de privacidade europeias.